República Alexandrina

A REPÚBLICA ALEXANDRINA

O Fim do Teatro

“A República Alexandrina, uma peça de várias verdades.”
Uma reflexão sobre a história cíclica e a ascensão dos totalitarismos, a peça de Pedro Saavedra indaga-nos sobre sociedade, verdade e poder. Estreia a 20 de janeiro no Centro Cultural Malaposta, em Odivelas.”
In Revista Sábado, janeiro de 2022

Mantendo uma linha de trabalho sobre o fim, anunciado, do teatro, da arte e da nossa civilização ocidental – através do questionamento dos pilares das culturas europeia e ocidental, das defesas dos pilares mainstream da história contra o dinamismo multicultural integracionalista e multi-identitário, o propósito da salvação pela arte mantém-se.

Na sua quarta criação, com texto e encenação de Pedro Saavedra, o Fim do Teatro propõe uma distopia com duas realidades paralelas que propõem a tomada de posição entre o invasor e o invadido, entre os que esperam e os que chegam, entre os que querem manter e os que querem mudar. Em palco, o conflito do posicionamento político, através da metáfora histórica, com a teoria da repetição centenária da história do mundo ocidental.

Há cem anos que uma reprodução de A Família de Dario Diante de Alexandre, de Paolo Veronese, está no salão nobre da Sociedade Recreativa República Alexandrina. No tempo em que a causa pública fazia sentido, este salão foi palco de discursos, comícios, festas e debates sobre a vida da cidade. No dia em que celebra o seu centenário, e sob o perigo de ter a sua sede vendida, convidados estranhos desenham uma celebração inesperada. Num tempo em que diferentes linhas de possibilidades se cruzam, em realidades paralelas, e que, acima de tudo, duas ideologias se desafiam continuamente, nada, mas mesmo nada, os fará parar de lutar. Lá fora, os sons das máquinas e dos violinos começam a ouvir-se.

Texto e Encenação PEDRO SAAVEDRA
Interpretação ALICE RUIZ, GONÇALO BOTELHO, IVONE FERNANDES-JESUS, MÁRIO REDONDO, PEDRO BAPTISTA, ROGÉRIO JACQUES
Design de Cena SURUMAKI
Figurinos CLÁUDIA RIBEIRO
Música CLOTHILDE
Masterização de música JOÃO MELO
Desenho de Luz PAULO SABINO
Sonoplastia RUI MIGUEL
Fotografia ANDREIA MAYER
Ilustração RUI GUERRA
Assistência de Encenação RAFAEL FONSECA
Parceiro Institucional REPÚBLICA PORTUGUESA – MINISTÉRIO DA CULTURA
Apoios ANTENA 2, DIZPLAY, LARGO RESIDÊNCIAS e ESCOLA DE MULHERES – OFICINA DE TEATRO

Media Partner RADAR 97.8 FM
Agradecimentos ARTUR MARQUES

Criado, oficialmente, em 2019, O Fim do Teatro, OF.DT é um projeto com raízes no percurso artístico do seu diretor, Pedro Saavedra. Formado pela Escola Superior de Teatro e Cinema, tem feito um percurso como ator e encenador em várias companhias de teatro, bem como várias participações televisivas e em cinema. Dirigiu durante oito anos uma companhia de teatro, na cidade da Amadora, enquanto deu aulas e produziu espetáculos para outros. Neste projeto, recria a ideia de um coletivo de criação, em parceria com Sónia Rodrigues e Patrícia Roque, desde 2017 no Festival Exquisito, com a primeira obra homónima e, durante 2020, com a criação dos Princípios do Novo Homem, obra inspirada em Cervantes e apoiada pela Fundação Gulbenkian e pela Fundação GDA. Em 2021, produziram e apresentaram a criação A Morte de Abel Veríssimo, com financiamento do Fundo de Emergência da CML e da República Portuguesa / Ministério da Cultura / DGArtes. Em 2022, preparam a sua quarta criação A República Alexandrina. Habitante da cidade de Lisboa, e envolvido em vários projetos de cidadania e de vida cultural da mesma, tem reparado na alteração do tecido social dos bairros lisboetas pressionados pela indústria do turismo e da especulação imobiliária. Nesse processo, que considera e deseja reversível, tem sentido que o distanciamento potenciado pela situação pandémica atual e pelas aclamadas vantagens do teletrabalho colocam uma pressão extra na visão cultural e nos valores que os cidadãos constroem sobre o mundo que os rodeia. Há muito que o seu interesse na relação direta que o teatro permite, entre intérpretes e espectadores, o leva a considerar a importância magnânima que a relação social física, nesta como noutras formas de arte, tem na construção de valores civilizacionais e sobretudo na importância do outro e das suas diferenças, a favor e não contra, o eu solitário e antissocial. Muito dificilmente uma pessoa antissocial pode ser liberal e muito facilmente uma pessoa social não é conservadora de costumes e práticas.
 

TEATRO

2O22 | JAN 2O a 3O

QUI a SÁB – 2OH3O
DOM – 16H3O

AUDITÓRIO

12€ | DESCONTOS APLICÁVEIS

95 MIN

M/14

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