O ESPECTADOR
Daniel Freitas
“O teatro tem dessas coisas, vimos, sentamo-nos nesta cadeira em frente a essa caixa preta e de repente… Algo de inexplicável e único acontece. Sempre foi muito difícil voltar para casa. Queria ficar aqui e não ir para nenhum outro lugar.” Há nove anos que Augusto se senta na plateia de quinta a domingo. Sentava… Sempre foi tão bom… Por isso está no palco hoje! “Eu achava que já era bom estar aí, imagina aqui em cima. E digo mais! Eu tinha certeza que o público me daria tudo que eu precisava! O principal não tem que vir daí? Do espectador?”
“O Espectador” é uma peça de meta-teatro, que coloca o público em confronto consigo mesmo. O espetáculo conta a história de Augusto, gay, imigrante, introvertido e que vive com a sua mãe numa relação opressiva. Ele nunca atuou, apesar de ser um aficionado pelo teatro, sempre foi um espectador assíduo. Até que um dia, tudo muda! Um projeto que aborda a homofobia e a dificuldade dos artistas imigrantes de língua portuguesa conseguirem emprego, além de ser uma peça que explora a relação do público-teatro e as expetativas presentes na díade ator-espectadores.
Texto e Interpretação DANIEL FREITAS
Encenação e Cenografia JULIANO LUCCAS
Direção Musical BRUNO HUCA
Figurinos JOÃO TELMO
Desenho de Luz JULIANO LUCCAS E SAMARA AZEVEDO
Produção DANIEL FREITAS
Assistente de Produção LIZANDRA GASPARRO
Operação de Luz, Som e Vídeo SAMARA AZEVEDO
Fotografia VICTOR TRINCÃO
Comunicação e Assessoria de Imprensa ARTICLE LAND
Apoios REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA / DGARTES E POLO CULTURAL GAIVOTAS
DANIEL FREITAS é Mestre em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema – ESTC em Portugal em 2021 e licenciado em Teatro pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, UERGS – 2005 no Brasil. Entre os seus trabalhos profissionais destacam-se, em Portugal, o espetáculo “O lado esquerdo” (2021) – encenador e adaptação do texto (Teatro Amelia Rey Colaço); a criação do “Projeto Inquietudes”, onde leva desde 2020 espetáculos de teatro até a casa das pessoas, como o espetáculo “Next”, escrito, encenado e interpretado por Daniel. Ainda em Portugal, o espetáculo “Fragmentos de Lorca” (2021) – encenador (Estúdio Cassefaz – Lisboa); e o filme “Nós” (2018) – ator, realizador Danilo Godoy. Trabalhou como produtor nas edições de 2019 e 2020 do “Festival Todos” e é professor de teatro no seu próprio curso na Junta de Freguesia de Arroios, onde também desempenha a função de Coordenador da Academia Sénior de Arroios. No Brasil escreveu, dirigiu e interpretou diversos projetos, entre eles o espetáculo “Ser outro” (2018) – autor e encenador (Teatro Henriqueta Brieba – Rio de Janeiro, RJ); Mostra Teatral “Cine Teatro” (2018) – direção geral (Teatro Vanucci – Rio de Janeiro, RJ); Mostra Teatral “Quase nada sobre tudo isso” (2017) – direção geral (Teatro Vanucci – Rio de Janeiro, RJ); Mostra Teatral “O palco como espelho” (2016) – direção geral (Teatro Vanucci – Rio de Janeiro, RJ); “Obsessivamente” 2015 – autor e encenador (Teatro Henriqueta Brieba – Rio de Janeiro, RJ); “Inquietos” (2010-2015) – autor e ator, encenador Marcos Barreto (Teatro Vanucci – Rio de Janeiro, RJ e Teatros do Rio Grande do Sul, durante a digressão); “Ensaio sobre a moral” (2015) – autor e encenador (Teatro Henriqueta Brieba – Rio de Janeiro, RJ); “Nossa Secreta Obscenidade de Cada Dia” (2013) – ator, encenadores Daniel Freitas e Marcos Guarani e texto de Marco Antonio de la Parra (Teatro Atayde Cardona – Montenegro, RS); “Sobre nós dois” (2012) – autor e ator, encenador Marcelo Aquino (Teatro Solar de Botafogo – Rio de Janeiro, RJ); Performance “2008 conta 68” (2008) – ator, encenação Camila Amado (Teatro de Arena Caixa Cultural – Rio de Janeiro, RJ).
JULIANO LUCCAS é licenciado em publicidade, com pós-graduação em Comunicação na METROCAMP, Brasil e especialização em Cinema na Fundação Getúlio Vargas – FGV, Brasil. Começou a sua carreira como ator de teatro em 1983. Foram cerca de 30 espetáculos vencedores de prémios Mambembe, Molière e APCA. Foi assistente de encenação do dramaturgo Naum Alves de Souza. A partir de 2003 inicia-se na encenação de espetáculos musicais, videoclipes e publicidade. Em 2007 na realização para Cinema e TV. Além de dirigir, é dobrador, com destaque para o Professor de “La Casa de Papel”. Entre os espetáculos em que trabalhou destacam-se: “Antígona” (1985), encenador Edgar Rizzo; “Indiscreptudes” (1986), encenador Jesus Seda; “O menino Maluquinho” (1989), encenador Edgar Rizzo; “O Anjo” (1990), encenador José Ricardo Nogueira; “No Reino das Águas Claras” (1999), encenador Milton Neves; “O Terror dos Mares” (2001), encenador César Pezzuoli; “Mano” (2002), encenador Naum Alves de Souza. Os seus filmes receberam cerca de 50 prémios em Festivais e Mostras Internacionais. Integrou o júri oficial do 3º Festival Paulínia de Cinema, do 4º Cinema Mundo, do 8º Festival Internacional de Atibaia e do 2º Festival Internacional Unasur Cine / San Juan – Argentina. Desde 2011 é proprietário da Produtora Independente Ludovico Filmes. Em 2013 e 2014, dirigiu e escreveu programas para a Rede Record. Atualmente desenvolve a série “A Imaginação Chove Dentro”, contemplado no edital de desenvolvimento de séries do PROAC/SP – 2020 e pré-produz o filme “Strippers”, baseado na obra de Naum Alves de Sousa. Juliano vive em Portugal desde 2017.
BRUNO HUCA, nascido em Moçambique, fez a licenciatura em Teatro – Formação de Atores na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa entre 2003/2006. Iniciou a atividade profissional em 2005 e entre vários projetos com vários encenadores e encenadoras, criativos e criativas, trabalhou em vários países desde Portugal a Rússia, Espanha, Holanda, Estónia, Alemanha, Brasil, Eslovénia, Polónia, França e recentemente na terra natal em Maputo. Trabalhou entre 2005 e 2018 com o Teatro O Bando e continua a trabalhar regularmente com a companhia “mala voadora”. Ator e cantor/compositor, desde o início da sua atividade que tem colaborado em projetos de naturezas muito distintas, desde teatro infantil, a musicais, desde textos clássicos a textos contemporâneos, tendo sempre a corporalidade um lugar muito importante nas suas pesquisas. Mantém uma ponte cultural com Maputo, onde desenvolve alguns projetos.
JOÃO TELMO é licenciado em Jornalismo pela Escola Superior de Comunicação de Lisboa e pela Université Stendhal. Possui, igualmente, o Curso Técnico de Realização para Cinema e Televisão pela Escola Técnica de Imagem e Comunicação. Em 2013 conclui, com distinção, o Master of Arts in Performance Practices pela Royal Central School of Speech and Drama, em Londres. Ator, encenador, dramaturgo e figurinista, codiretor artístico da estrutura de produção Nova Companhia, integra o corpo docente da In Impetus – Escola de Atores desde 2016. Como encenador e dramaturgo, destacam-se os espetáculos “Douchebags” (2020), “Tricotomia da Vaidade” (2019), “História Ilustrada do Teatro Português” (2019), “Bas Fond” (2018), “The Bald Soprano” (2017), “O Homem” (2016), “Kiki” (2015), “Montparnasse” (2014) e “Vanitas” (2013). Trabalhou como ator com os encenadores Ruthie Osterman, Hedda S. Rui, Martim Pedroso, Brad Burgess e sob a direção de Leah Bachar na companhia nova-iorquina The Living Theatre. Como figurinista trabalhou em teatro com os encenadores Ana Brandão, Carla Bolito, Marina Albuquerque, Martim Pedroso e Nuno Gil e na música com os artistas Amor Electro, Deolinda Kinzimba, Ella Nor, Moullinex, Richie Campbell, entre outros. De destacar o trabalho de direção criativa e artística das exposições de fotografia Gineceu Androceu (2016) e TEATRA (2018) e a vídeo-instalação Doppelgänger (Temps d’Images 2016).
©Fotografia VICTOR TRINCÃO
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