O convidador de pirilampos

O CONVIDADOR DE PIRILAMPOS

de António Jorge Gonçalves

Como é que as imagens de um livro podem ganhar vida num palco? O Convidador de Pirilampos começou por existir nas palavras do escritor angolano Ondjaki e nos desenhos do ilustrador, cartoonista e performer visual António Jorge Gonçalves. Juntos, já nos haviam oferecido o livro Uma Escuridão Bonita, título que encontra um eco em O Convidador de Pirilampos, história, também ela, “sem luz elétrica”, vizinha dos mistérios da natureza e do humano, da luz e da noite, do medo e do espanto. Agora, e num palco perto de nós, vamos ver e ouvir um menino que gostava de passear na Floresta Grande, “mesmo quando já fazia quase-escuro”. É um menino muito curioso, que gosta de cientistar coisas, verbo que designa o que os cientistas e os inventores e as crianças fazem: cientistam as coisas, os animais, o mundo. Este menino inventou, por exemplo, um “aumentador de caminhos” e um “convidador de pirilampos”. E, de caminho, vai aprender a ser amigo do escuro. Com encenação de António Jorge Gonçalves, que também desenha ao vivo, este espetáculo é narrado pela atriz Cláudia Semedo, acompanhada pelo clarinetista José Conde e pelas imagens em retroprojetor de Paula Delecave. Um sonho sonhado em palavras, imagens e sons, num palco coberto por uma escuridão assustadora e bonita.

Texto ONDJAKI
Encenação ANTÓNIO JORGE GONÇALVES
Corealização plástica e Manipulação ao vivo de Objetos ANTÓNIO JORGE GONÇALVES E PAULA DELECAVE
Interpretação CLÁUDIA SEMEDO (NARRADORA) E JOSÉ CONDE (CLARINETE BAIXO E MÚSICA ORIGINAL)
Produção executiva NUNO PRATAS
Coprodução CENTRO CULTURAL VILA FLOR, TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO, CULTURPROJECT E SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
Fotos RUI CARLOS MATEUS E ANTÓNIO JORGE GONÇALVES

Ondjaki nasceu em Luanda em 1977. Prosador. Às vezes poeta. É membro da União dos Escritores Angolanos. Está traduzido em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio, sueco, swahili e polaco. Prémio Literário Sagrada Esperança 2004 (Angola) e Prémio Literário António Paulouro 2004; Grwande Prémio de Conto «Camilo Castelo Branco» C. M. de Vila Nova de Famalicão/APE 2007, com os da minha rua; Prémio FNLIJ (Brasil 2010, 2013 e 2014); prémio JABUTI (Brasil, 2010), na categoria Juvenil, com AvóDezanove e o segredo do soviético (romance); e Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância, 2012, com a bicicleta que tinha bigodes. Em 2013, com os transparentes, ganhou o Prémio José Saramago.

António Jorge Gonçalves nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Design de Comunicação em Lisboa (Escola Superior de Belas-Artes) e fez um mestrado em Cenografia de Teatro em Londres (Slade School of Fine Art), onde foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Lecionou Espaços Performativos no Mestrado em Artes Cénicas (FSCH, Lisboa). Autor de Novelas Gráficas publicadas e expostas em Portugal, Austrália, Bélgica, Brasil, França, Macau, Espanha, Coreia do Sul, e Reino Unido. Fez cenografia para teatro trabalhando com vários encenadores. Através do Desenho Digital em Tempo Real e da manipulação de objetos em Retroprojetor de Transparências, tem protagonizado diversas ações performativas com músicos, atores e bailarinos em Portugal, França, Alemanha, EUA e Japão. Criou o projeto Subway Life, desenhando pessoas sentadas no Metro, que tem foi apresentado num website premiado, num livro editado pela Assírio & Alvim, e através de exposição em circulação pelo país. Faz semanalmente cartoon político para o Inimigo Público (jornal Público), tendo também publicado no Le Monde e Courrier Internacional, e sido premiado no World Press Cartoon. Prémio Nacional de Ilustração 2014 com o livro “Uma Escuridão Bonita” (Ondjaki)

TEATRO | EM FAMÍLIA | COM A ESCOLA

2O22 | FEV 19 e 2O

SÁB – 16HOO [ESGOTADO]
DOM – 11HOO [ESGOTADO]

SALA EXPERIMENTAL

8€ [ADULTO] | 6€ [CRIANÇA E ESCOLAS] | DESCONTOS APLICÁVEIS 

45 MINUTOS

M/O6

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