Hamster Clown

HAMSTER CLOWN

de Ricardo Neves-Neves e Rui Paixão

“Era uma vez, num espaço e num tempo incerto, algures na evolução do rato para o homem, um ser fechado no seu próprio labirinto. O encenador Ricardo Neves-Neves e o performer e clown Rui Paixão juntam-se pela primeira vez e criam um espetáculo sem texto, carregado de efeitos sonoros e visuais. Em palco, levam-nos para um universo retro-futurista, em tons de verde-jardim, onde não faltam estátuas renascentistas, mas também polvos gigantes, enxames de abelhas, corujas assustadoras e aspiradores endiabrados. Entre o riso e o terror, entre o nonsense e o sentido da vida, entre o teatro, a dança e a performance, Hamster Clown fala de sonhos e de pesadelos, de confinamentos e de libertações. E pouco interessa se somos homens ou ratos – ali acabamos todos esfolados.”
Gabriela Lourenço

Encenação RICARDO NEVES-NEVES
Interpretação RUI PAIXÃO
Cenografia JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA
Assistência de cenografia ANTÓNIO MURALHA
Assistentes estagiárias de cenografia AMBRA ORLANDELLI, FERNANDA COSTA E SARA BRANDT
Caracterização e Adereços CRISTÓVÃO NETO
Assistência de Adereços NUNO ENCARNAÇÃO, PATRÍCIA PESCADA, PAULA CABRAL E FERNANDO SEBASTIÃO
Escultores ANTÓNIO GONÇALVES, ÁLVARO JESUS, HELENA FERNANDES, BRUNO BORDALO, HERNÂNI MIRANDA E CRISTÓVÃO NETO
Figurinos RAFAELA MAPRIL
Assistência de Figurinos BEATRIZ CABRAL, LARISSA CINTRA E TERESA FERREIRA
Confeção LÍGIA GARRIDO, EDUARDO VAZ E HELENA JARDIM
Desenho de luz JOSÉ ÁLVARO CORREIA
Follow-Spotter LEONOR PARDAL
Sonoplastia SÉRGIO DELGADO
Design de vídeo OSKAR&GASPAR
Manipulação de objetos ADRIANA GONÇALVES, BEATRIZ CABRAL, FERNANDA COSTA GONÇALO MARTINS, GONÇALO RIOS, LARISSA CINTRA, TERESA FERREIRA
Art Designer JOSÉ PINHEIRO
Fotografia Promocional ESTELLE VALENTE
Fotografias de cena ALÍPIO PADILHA, ESTELLE VALENTE
Teaser EDUARDO BREDA
Assistência de Encenação GONÇALO MARTINS E GONÇALO RIOS
Produção e Comunicação TdE MAFALDA SIMÕES
Produção Culturproject NUNO PRATAS
Assistente de Produção CARMEN GRANJA
Assistente estagiária de Produção ADRIANA GONÇALVES
Parceiros BILLYBOOM, CANDY CLOUD, CAIXA ECONÓMICA OPERÁRIA, CONVENTO INN AND ARTIST RESIDENCIES – CONVENTO.PT, FRESCOS PRODUÇÕES, MAKE IT HAPPEN, PECOSITA-PEPITO, CML/PELOURO DA CULTURA NO ÂMBITO DO RAAML/POLO CULTURAL GAIVOTAS, SANTOMARGO – CONSTRUÇÕES, LDA, PORTUGUESE SHOES – PERLATO
Co-produção SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL, CINETEATRO LOULETANO, THEATRO CIRCO DE BRAGA, CENTRO DE ARTE DE OVAR, CENTRO CULTURAL MALAPOSTA, 23 MILHAS, CULTURPROJECT, TEATRO DO ELÉCTRICO

“Faz agora um ano que nos conhecemos (Ricardo Neves-Neves e Rui Paixão). Tivemos 3 ou 4 encontros,  vimos exposições, alguns filmes, muitas imagens, ouvimos música, andámos por várias zonas para ver onde os nossos gostos coincidiam. Depois criámos esta zona de trabalho, num espetáculo onde somos dois criadores, mas numa linguagem que o Rui domina e é muito bom, e onde eu não tinha qualquer experiência. Há sempre um momento do espetáculo em que não há texto, que existe ação com um forte lado visual, mas fazer um espetáculo em que se conta uma história sem a necessidade da palavra, sem querer usar mímica, eu nunca tinha feito. Portanto há sempre uma zona de observação, a partir de um sítio onde eu também gosto de estar no trabalho, a do “jogo e brincadeira”, e rapidamente percebi que queria entrar na brincadeira. Estarmos de uma forma séria na profissão não é o mesmo que nos levar demasiado a sério.  Eu ainda tenho dificuldade em dizer que sou dramaturgo, que sou encenador. Ainda é uma “coisa” que não há diploma. Mas gostava que o público sentisse o prazer que sentimos na criação, isso sim. 
Uma coisa que me deixa muito feliz é continuarmos a trabalhar em ficção. Sinto que é importante defender a ficção, a história, esta zona do sonho, da imaginação, de promover a projeção num outro corpo, num outro sítio, em outra época, de olhar para outra pessoa e desenvolver aquilo que os seres humanos têm, que é a empatia, a ligação com outro. Aqui levantamos a questão, se em vez da evolução do macaco para o homem houvesse esta evolução do Hamster para o homem, como é que o mundo seria com esta nova espécie? Deste “Homem Hamster” ou desta “Mulher Hamster”? O espectador não sabe para o que está a olhar, se está a ver-se ao espelho de uma forma muito distorcida, ou se está a ver uma coisa completamente fora de si, mas com pontos de identificação, com algum tom de surpresa por parte do espectador. Deixa-me muito feliz perceber que existe essa vontade de lidar com o mundo paralelo ao nosso, que é criado pela imaginação.
A viagem continua.”
Ricardo Neves-Neves

Fundado em 2008, o Teatro do Eléctrico é composto por profissionais do espetáculo (Teatro e Música). É uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes. Apresentou os seguintes espetáculos: “O Regresso de Natasha”, texto e encenação de Ricardo Neves-Neves (2008); “Manual”, texto de Patrícia Andrade e Ricardo Neves-Neves, encenação de Ricardo Neves-Neves (2008); “Black Vox”, textos e encenação de Ana Lázaro, Patrícia Andrade e Ricardo Neves-Neves (2009); “A Porta Fechou-se e a Casa Era Pequena”, texto e encenação de Ricardo Neves-Neves (2010); “A Festa”, texto de Spiro Scimone, encenação de Ricardo Neves-Neves (2011); “Fantoches Gigantes”, texto de Ricardo Neves-Neves, encenação de Paula Sousa (2011); “O Solene Resgate”, texto e encenação de Ricardo Neves-Neves (2012); “Mary Poppins, a mulher que salvou o mundo”, texto e encenação de Ricardo Neves-Neves (2012); “Menos Emergências”, de Martin Crimp, encenação de Ricardo Neves-Neves (2014); “Sebastião & Sebastiana”, música de W. A. Mozart, encenação de Ricardo Neves-Neves (2015); “A Batalha de Não Sei Quê”, texto e encenação de Ricardo Neves-Neves (2015); “Ciclo de Leituras Eléctricas”, de Denis Lachaud, Copi e Vitoriano Braga, encenação de Ricardo Neves-Neves (2015); “Mãe com Açúcar”, texto e encenação de Rita Cruz (2015); “A Noite da Dona Luciana”, de Copi, encenação de Ricardo Neves-Neves (2016); “A Preceptora”, teatro televisivo, uma criação de Ricardo Neves-Neves (2016); “Encontrar o Sol”, de Edward Albee, encenação Ricardo Neves-Neves (2017); “A Freguesia”, uma criação de Ricardo Neves-Neves (2017); “Karl Valentin Kabarett”, de Karl Valentin, encenação de Ricardo Neves-Neves (2017); “Banda Sonora”, uma criação de Ricardo Neves-Neves e Filipe Raposo (2018); “Catamarã”, uma criação de Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves (2018); “Alice no País das Maravilhas”, a partir de Lewis Carrol, encenação de Maria João Luís e Ricardo Neves-Neves (2018); “A Menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, por Edward Luiz Ayres d’Abreu, Ricardo Neves-Neves e Martim Sousa Tavares (2019);  “Soberana”, uma criação de Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves (2019); “Dito por não Dito”, uma criação de José Leite, Rafael Gomes e Ricardo Neves (2019); “A Reconquista de Olivenza”, uma criação de Ricardo Neves-Neves e Filipe Raposo (2020). Publicações: “A Porta Fechou-se e a Casa Era Pequena” (Companhia das Ilhas, 2013); “Entraria nesta sala…” (TNDM II, 2015); “Mary Poppins, a mulher que salvou o mundo e outras peças” (Artistas Unidos/Cotovia, 2014); “A Batalha de Não sei Quê e outros textos” de Ricardo Neves-Neves (Artistas Unidos/Cotovia, 2017). “A Freguesia”, (C. M. de Loulé, 2017); “Soberana” de Ana Lázaro (C. M. de Loulé, 2019); “Banda Sonora/ The Swimming Pool Party”, de Ricardo Neves-Neves (Artistas Unidos/Cotovia, 2020).

TEATRO

2O21 | OUT 15 a 17*

SEX E SÁB – 21H00
DOM – 16H30

AUDITÓRIO

12€ | DESCONTOS APLICÁVEIS 

6O MINUTOS

M/14

*Sessão de dia 17 com audiodescrição

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