DECLARAÇÃO DE AMOR
de Isabel Milhanas Machado
A partir de uma peça escrita durante o primeiro confinamento em Portugal, DECLARAÇÃO DE AMOR é uma despedida antecipada aos palcos, ao público, mas também um olhar sobre o nosso passado e expectativas. É uma guerra aberta entre o nosso desejo de não desistir e a possibilidade de um novo começo.
“Está tudo bem. Isto era tudo o que eu queria”, ouvimos a dada altura. Declaração de amor, escrita para um actor, foi desenvolvida durante o primeiro confinamento imposto pela pandemia, em 2020. A peça traz um jovem rapaz que declara o seu amor ao público, ao outro, numa espécie de despedida antecipada. É uma guerra aberta entre o desejo que sente em estar aí e as suas memórias familiares, entre a sua luta enquanto homem e o que os outros esperam dela. Esta peça, à semelhança de outras peças da autora (como Robes ou Ratos), traz para cena as inquietações do artista, da sua morte anunciada e do seu desejo de estar junto do público. Nesse sentido, podemos afirmar que Declaração de Amor se mascara para iniciar no espectador uma reflexão sobre o mundo do teatro hoje e dos trabalhadores das artes em geral. A peça está pensada para um jovem actor masculino e será essencial um tempo em residência que possibilite não só uma apropriação do espaço na dramaturgia (com pequenas referências aos locais em que o espectáculo habita), mas também permitir que o intérprete se sinta confortável em experimentar em cena a dança, o canto, o corpo, a voz, dando ao espectador também a possibilidade de assistir à fase mais íntima da preparação de um espectáculo: a preparação física e psicológica do actor.
A peça recebeu em 2020 um apoio à criação da AELG – Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, que se propunha galardoar 3 escritores portugueses emergentes.
Um projeto CASA MÃE
Texto e encenação ISABEL MILHANAS MACHADO
Interpretação RODOLFO FREITAS
Sonoplastia SALOMÉ e 4THE HORN
Apoio técnico RICARDO SILVA E JOÃO BORGES
Apoios ARTISTAS UNIDOS, A PADARIA DO POVO, CASA FERNANDO PESSOA, JAZZY DANCE STUDIOS
Um projeto selecionado no III FESTIVAL PEÇAS DE UM TEATRO DO PORVIR DA AELG
Isabel Milhanas Machado (Lisboa, 1992) Vive e trabalha entre Lisboa e Mértola. Trabalha na área da cultura desde 2013. É formada pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e mestre em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Dedica desde 2014 algum tempo à escrita de textos, quer de teatro como de poesia: participa na 2ª edição do Laboratório de Escrita para Teatro do TNDMII com a peça Os Ratos, publica Robes em 2016, obtém em 2020, pela Asociación de Escritores en Lingua Galega, uma bolsa de criação e prepara actualmente a edição de Azul e Verde com a artista plástica Rafaela Nunes. Ao longo do seu percurso profissional, trabalhou com diversas companhias e criadores e fundou em parceria as estruturas artísticas Telhado de Zinco Frio (2009), Casa Mãe (2013) e Colectivo Câmara (2018), onde assume as funções de actriz, produtora e direcção técnica, num total de 6 criações apresentadas em vários locais. Em 2021, concebeu e produz com o Colectivo Casa Mãe o ciclo de leituras on-line intitulado ESTÁ TUDO BEM. É mediadora cultural em museus e produtora de espectáculos.
http://cargocollective.com/casamaecolectivo/
©Fotografia JAKUB DUDCZAK
TEATRO
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