COMO ASSIM?
Companhia Cepa Torta
Foi de repente. Estava sentado na minha cadeira, a olhar pela janela quando, de súbito, um grande FURACÃO. Não tive tempo de dizer nada e, quando me levantei, disseram-me que já podia estar com todos, mesmo a sério. Estar mesmo estar. Mesmo a sério. Que não me preocupasse, que agora voltaria tudo ao normal… Mas qual normal? Como assim? Lá fora, o que há? Dei passos curtos, hesitantes e pisei a rua. A luz feria-me os olhos, e estranhos sons dançavam nos meus ouvidos, vindos de toda a parte. Imagens difusas, sombra, luz, cores. E de súbito alguém. Alguém sim, uma pessoa, um corpo, um cheiro, um olhar, um sorriso. E o meu sorriso de encontro àquele, uma mão a tocar na outra, os nossos sopros na cara do outro, o som das nossas palavras e do nosso riso… Espera lá, eu já não me lembro de nada disto! O espetáculo parte da ideia de perda do essencial na construção da nossa identidade: o afecto e a proximidade do outro. Em cena, as personagens farão uma viagem mais interior que exterior, terão a sensação de ser duplas, triplas, de ser muitas ao mesmo tempo, num esforço permanente de perceber como se relacionam com os outros, de pertencer, de fazer parte. No rescaldo de uma pandemia que nos afastou do contacto com os outros, esta é uma reflexão artística sobre como o crescimento e a procura da identidade é profundamente marcado pela forma de TOCAR O OUTRO E DO OUTRO NOS TOCAR A NÓS.
Este espetáculo foi construído a partir de sessões de pensamento filosófico com jovens entre os 12 e os 16 anos, e são as suas inquietações, ideias, perguntas, manifestos e reflexões, que constroem a dramaturgia. Serão, literalmente, as suas vozes que nos guiarão nesta distopia.
Encenação SOFIA CABRITA
Apoio à criação MIGUEL MAIA
Interpretação MAVA JOSÉ E CLÁUDIA ANDRADE
Cenografia e Figurinos SARA FRANQUEIRA
Execução de Figurinos SOFIA LIMA
Desenho de luz MANUEL ABRANTES
Espaço Sonoro PEDRO FREIXO
Vídeo MÁRIO NEGRÃO
Design de Comunicação CINARA PISCO
Colagem CLÁUDIA CABRITA
Fotografia de cena SÓNIA GODINHO
Vozes Off e Colaboração Dramatúrgica ALICE SILVA, ANDRÉ MARQUES, GABRIEL JOSÉ, GORETI TÁTÁ DE SÁ, JOÃO PEDRO OLIVEIRA, MARIANA BRAZUNA, PEDRO SILVA, TIAGO ELIAS FIGUEIREDO
Dinamização de sessões de pensamento filosófico DINA MENDONÇA
Consultoria Psicopedagógica MARIA JOÃO VALGÔDE
Assessoria de Imprensa RITA BONIFÁCIO
Produção LARA MATOS
Coprodução CENTRO CULTURAL DA MALAPOSTA
Parceiro Institucional REPÚBLICA PORTUGUESA / MINISTÉRIO DA CULTURA
A Companhia Cepa Torta é uma plataforma artística que trabalha na área do teatro e performance desde 1999 e constituiu-se legalmente como associação sem fins lucrativos em 2004. A Companhia conta com uma equipa artística multifacetada e, nos seus quase 20 anos de existência, realizou trabalhos no Teatro na Malaposta, Teatro Ibérico, Teatro Taborda, Biblioteca de Marvila, Teatro da Comuna, entre outros espaços em Lisboa e no um pouco por todo o país, mas também fora de portas como por exemplo no Bridewell Theatre em Londres. O seu trabalho tem assentado em produções originais com base em textos clássicos de Brecht, Gil Vicente, Raul Brandão, Eurípedes, Tchékhov, Durënmatt e poetas portugueses. No seu portfólio conta ainda com projetos com base em textos originais, bem como um conjunto vasto de espetáculos e iniciativas pedagógicas dirigidas ao público infantil e juvenil.
TEATRO | EM FAMÍLIA
2O21 | DEZ O4 a 19*
TER e QUA – 1OH3O e 14H3O [SESSÕES ESCOLARES]
SÁB – 16HOO
DOM – 11HOO
8€ [ADULTO] | 6€ [CRIANÇA E ESCOLAS] | DESCONTOS APLICÁVEIS
4O MINUTOS
M/12
*No dia 12 haverá sessão com Língua Gestual Portuguesa.
PARTILHAR