TEMOS APENAS O PRESENTE
Manuela Marques
Duas pessoas perdidas num espaço etéreo procuram uma saída, amparando-se mutuamente. Neste particular lugar é difícil decifrar e imaginar o exterior, porque importa mais dar corpo e voz ao que é interior, a tudo o que é invisível e, ainda, incompreendido pelo ser humano. Mesmo sendo delicado, é imperativo trazer para o plano da perceção certas dores, estigmatizadas e relevadas.
‘X’ e ‘Y’ são os eixos da trama, que se perspetiva com a atenção de ‘Z’. Quem? Onde? Como? Ou porquê?, são perguntas para as quais, decerto, não se terá uma resposta fácil. Ninguém está imune de sair do eixo, porque há, claramente, zonas encobertas em todos os indivíduos, o que contamina as suas relações: existir.
Texto e Direção Artística MANUELA MARQUES
Interpretação ANA MARTA FERREIRA E MAURO HERMÍNIO
Realização RITA NUNES
Cenografia DIOGO DIAS JOÃO
Desenho de Luz MANUEL ABRANTES
Fotografia e Sonoplastia JOÃO HASSELBERG
Grafismos TOMÁS GOUVEIA
Produção Executiva LYSANDRA DOMINGUES
Assessoria de Comunicação LEONOR FONSECA
Coordenação Técnica Audiovisual JOÃO TIMÓTEO
Tradução EVA TECEDEIRO
Equipa de Filmagem [a definir]
Produção MÁ-DA-FACA
Apoios CCB – CENTRO CULTURAL DE BELÉM, C.E.M.- CENTRO EM MOVIMENTO, CENTRO CULTURAL MALAPOSTA / MINUTOS REDONDOS / CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS, ETIC – ESCOLA DE TECNOLOGIAS INOVAÇÃO E CRIAÇÃO, EMAV – EMPRESA DE MEIOS AUDIOVISUAIS, FESTIVAL TEMPS D’IMAGES, GRÄFFENBERG E PARQ.MAG
Agradecimentos ANA APOLINÁRIO, ANA DO CARMO, CRISTINA VILHENA, ELISABETE MASSANO, JOSÉ ANTÓNIO, LEONOR FONSECA, LEONARDO MARQUES, MARIA JOÃO FIUZA, MARIANA BRANDÃO, PAULA MORAIS, SÉRGIO BAPTISTA E SOFIA NEUPARTH
MANUELA MARQUES nasceu a 28 de julho de 1982, em Lisboa. Terminou, em 2OO5, a Licenciatura em Ensino – Prof. 1º e 2º ciclo – EVT, na ESELx. Paralelamente desenvolveu formação artística em teatro, dança e performance, salientando a “Formação Intensiva Acompanhada” no c.e.m. e o curso “Acting for Film” na Metropolitan Film School, sob a tutoria de David Tucker. Como intérprete (atriz) trabalhou com Paula Sá Nogueira (Cão Solteiro), Ana Borralho & João Galante, Joana Craveiro (Teatro do Vestido), Maria Emília Correia, Miguel Moreira (Útero), Ricardo Gageiro, Sofia Neuparth (c.e.m), Alexandre Lyra Leite (Inestética), Leonor Fonseca e Melissa Rodrigues. Artisticamente concebeu e apresentou as peças “copo d’água” e “Reborn”. Pedagogicamente, desde 2OO6, idealiza e dirige workshops transdisciplinares. Entre 2O1O e 2O19 trabalhou como responsável de elenco em projetos de ficção para a TVI e RTP, e passou ainda pelo departamento de atores da Elite Lisbon, como booker. “má-da-faca” surge em 2O15 como assinatura para redigir artigos/crítica de espetáculos. Atualmente leciona EVT no ensino público e frequenta a Pós-Graduação “Comunicação de Cultura e Indústrias Criativas” da FCSH-Nova.
ANA MARTA FERREIRA nasceu em Lisboa, em 1994. Iniciou a sua carreira de atriz em 2OO4, com 9 anos, na série juvenil “Morangos com Açúcar”. Ao longo do seu percurso tem participado em projetos de ficção (TVI, RTP e SIC), desde séries, novelas e filmes, assim como em programas de entretenimento. Recentemente, coprotagonizou o filme “Bem Bom”, de Patrícia Sequeira, sobre as Doce. O projeto “Temos Apenas o Presente” marca a sua estreia no Teatro.
MAURO HERMÍNIO nasceu em 1987 em Lisboa, e é ator-criador, com formação artística pela ESTC, In Impetus e ESTAL. É cofundador e colaborador do COMICALATE (audiovisual) e da Companhia do Sítio (teatro), onde desenvolve regularmente trabalho como criador de projetos, por exemplo, “UNSPOKEN” (2O19) com Matilde Jalles. Em teatro foi intérprete em encenações de Bruno Bravo (2O14), Jorge Silva Melo (2O15, Artistas Unidos), Paulo Cintrão (bYfurcação), Rogério de Carvalho (2O17, GRIOT), Pedro Sousa Loureiro (“OS PATO BRAVO”) ou de Ricardo Cabaça (“33 ânimos”). Em cinema destaca o trabalho em “Bué Sabi” (2O12) de Patricia Vidal Delgado, “O Autor” (2O16) de Rui Neto, “IVAN” (2O17) de Bernardo Lopes, “Ruth” (2O17) de António Pinhão Botelho, “Submissão” (2O2O) de Leonardo António ou “A Ilha” (2O22) de Mónica de Miranda. Em televisão participou em diversas novelas e séries. Recentemente, em teatro, integrou o elenco de “Cosmos” (direção Aurora Negra) e, no audiovisual, das séries “Vanda” (Opto-SIC) e “Abandonados” (RTP), e do filme “Os Vivos, o Morto e o Peixe Frito” (realização Daniela Ruah).
RITA NUNES concluiu em 1996 a licenciatura em Cinema, na Escola Superior de Teatro e Cinema. “Menos Nove”, a curta-metragem que realizou em 1997 – premiada nacional e internacionalmente, exibida em várias salas de cinema e canais de televisão – vem confirmar a vontade de seguir um trajeto como cineasta. Desde então assinou desde curtas-metragens, documentários, vídeos (para as mais diversas áreas), que têm servido para construir o seu estilo próprio e atingir um equilíbrio entre a técnica e a intuição do seu olhar. Dedicou-se ainda à realização de filmes publicitários – tendo um dos seus primeiros filmes na shortlist de Cannes 99. Para televisão, destacam-se os telefilmes “As Contas do Morto” e “Só Por Acaso”, este último vencedor do prémio Prix Europa 2OO4. Realizou a série “Madre Paula” para a RTP, vencedora do Prémio de Melhor Série – Prémio Sophia 2O18. Em 2O19 estreou a longa-metragem – “Linhas Tortas”, um filme sobre o amor na era da comunicação digital – atualmente em exibição na HBO Portugal e disponível em DVD. Recentemente, em agosto de 2O21, estreou o telefilme “Na Porta ao Lado – Amor” na OPTO/SIC, um de três telefilmes sobre violência doméstica.
DIOGO DIAS JOÃO licenciou-se em 2O16 na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, em Design de Equipamento. Expôs o seu trabalho em: “Antifrágil” (FBAUL, 2O15); “D-A237” (Arquivo237, 2O16); no Festival Silêncio (2O16) e no Caldas Design Week (2O16). Concebeu e produz, desde 2O16, o prémio para uma das categorias do European University Film Awards (Hamburg). Colabora, desde 2O17, com o designer Fernando Brízio e, pontualmente, com a realizadora Salomé Lamas.
MANUEL ABRANTES é um alentejano de Cabeção e é desenhador de luz freelancer. Desde o dia em que nasceu que está integrado no mundo artístico. Começou aos seis anos de idade a ter aulas de bateria, instrumento que tocou durante cinco anos. Com o apoio paterno, estreou-se no teatro amador em 2OO4, como desenhador de luz no grupo de teatro A Fantasia. Em 2O11, iniciou os seus estudos profissionais na Academia Contemporânea do Espetáculo, no Porto, no curso de Luz, Som e Efeitos Cénicos, que concluiu em 2O14. Nesse ano ingressa na Licenciatura em Teatro – ramo Produção, na ESTC, que termina em 2O17. Estagiou no departamento de iluminação da RTP (Rádio e Televisão de Portugal) em 2O16. Trabalhou e trabalha em espetáculos e projetos com diversas pessoas (artistas) e instituições. É apaixonado pelo que faz e promete deixar de chatear assim que essa paixão acabar.
JOÃO HASSELBERG nasceu em Lisboa, em 1986. Em 1996 começou os estudos musicais na Academia de Amadores de Música de Évora, Hot Club de Portugal, Conservatorium Van Amsterdam e Rytmisk Muzikkonservatorium, onde termina o mestrado em 2O18. Recebe o 3º prémio da Bucharest International Jazz Competition (2OO6); em 2O11 vence o Prémio Jovens Músicos e é galardoado com o Prémio Jovens Criadores em 2O14. Em 2O2O recomeça o estudo e prática da fotografia e desde então trabalha com marcas e agências no sentido de desenvolver e executar conceitos ligados à imagem fotográfica. Atualmente trabalha no sentido de desenvolver uma forma pessoal de criar a partir de um ponto de vista multidisciplinar, combinando som com espaço, movimento, imagem e objeto.
TOMÁS GOUVEIA é licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), instituição na qual é designer desde 2O11, desenhando os projetos gráficos de diversos eventos, exposições e publicações. O seu trabalho tem sido apresentado em diversos websites e publicações internacionais.
LYSANDRA DOMINGUES nasceu a 21 de janeiro de 1977, em São Paulo. Investigadora, produtora e gestora de projetos artísticos há mais de vinte anos, com experiência acumulada entre o Brasil e Portugal. É doutorada em Antropologia (FCSH), mestre em Performance Artística/Dança (FMH) e licenciada em Artes Corporais (UNICAMP/SP). Em São Paulo, destaca o trabalho com o músico e produtor Benjamim Taubkin. Em Portugal desde 2OO6, realça a colaboração com o c.e.m – centro em movimento e a criação da Lagoa – coletivo de artistas em rede. Como produtora tem trabalhado com artistas como Mariana Lemos, Ainhoa Vidal, Márcia Lança, Carolina Campos, Ana Rita Teodoro, entre outros. Em 2O2O, procurando uma nova forma de atuar na produção cultural, assumiu a direção de produção da afárá Realizações Artísticas – projeto que investe em artistas e criações que privilegiam a improvisação e a experimentação como força de existir. Atualmente é produtora da VAGAR – associação cultural e gestora/administrativa da associação cultural Parasita.
LEONOR FONSECA nasceu em Lisboa, em 1989, e é artista visual, fotógrafa e designer. É licenciada em Arte Multimédia, vertente de Audiovisual (2O12), e tem a Pós-Graduação em Discursos da Fotografia Contemporânea (2O16), pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL). Artisticamente, “Maria Cannes” intitula a sua primeira exposição individual, no atelier dos Storytailors, em Lisboa (2O13), reposta no Arquivo Fotográfico de Lisboa (2O16), com a curadoria de José Luís Neto. Em 2O16, sob a tutoria de João Tabarra, realiza “coming soon”, série fotográfica inserida na exposição “Entre Forças: Humana Natureza”, na Carpe Diem; selecionada para o prémio da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira (2O18). Entre 2O14 e 2O19 colaborou com os departamentos de Fotografia e Comunicação da FBAUL. Trabalhou como coordenadora e programadora, na Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras (2O2O-22).
EVA TECEDEIRO nasceu em Braga e começou o seu percurso artístico em Lisboa, enquanto estudava Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras, formação literária e linguística que viria a ter uma enorme influência na sua vida profissional. No final de 2OO4, após participar na série “Morangos com Açúcar” e no filme “Alice” de Marco Martins, rumou a Londres para estudar expressão dramática na Academy of Live and Recorded Arts (ALRA). Depois de concluir o curso permaneceu na capital britânica, onde trabalhou nas áreas da tradução e da representação durante 12 anos. Desde 2O17, aquando do seu regresso a Portugal, e paralelamente à sua atividade de tradutora, faz locuções em inglês e participa em projetos publicitários, televisivos e cinematográficos.
© Imagem MANUELA MARQUES e TOMÁS GOUVEIA