RODA-VIVA Residência

RODA-VIVA
(A MENINA E O CÍRCULO)

Cláudia Nóvoa

Cada volta, uma página em branco, um recomeço, a frescura da novidade, a primeira vez.
A Carolina gosta de andar em círculos. Enquanto anda, pensa. Pensa melhor se andar, ainda melhor se rodopiar. E sonha, sonha que dá a volta ao mundo em cambalhotas e saltos mortais, sonha com pássaros que voam em círculos e com vulcões que aceleram o coração, com o sangue que corre no seu corpo e com a água que corre em turbilhões. Pensa, sonha e roda.

Um espetáculo que combina circo, dança, desenho e música.
O círculo como forma perfeita, a menina como que fazendo parte desse círculo, introduzindo-se, fundindo-se nele.
Histórias sem fim, novos recomeços. Ideias que geram ideias, o pensamento como uma linha contínua que sofre mutações constantes. Uma só volta quantos pensamentos gera? Pensamento e imaginação, as possibilidades infinitas que o pensamento nos traz.
Uma menina do mundo, cada volta a um novo lugar, novos encontros, diferentes amigos, novos sentimentos.
A par com o espetáculo, será criado um livro, resultante da vida da Carolina, a menina, que um dia começou a rodar.

Ideia Original e Direção Artística CLÁUDIA NÓVOA
Interpretação CAROLINA VASCONCELOS
Interpretação e Desenho ao Vivo RACHEL CAIANO
Música Original e Interpretação SÍLVIO ROSADO
Texto SANDRO WILLIAM JUNQUEIRA
Coreografia CLÁUDIA NÓVOA
Cenografia JOANA DA MATTA
Figurinos RACHEL CAIANO
Execução de Figurinos ISABEL TELINHOS
Desenho de Luz TASSO ADAMOPOULOS
Registo Fotográfico SUSANA CHICÓ
Imagem Gráfica SEBASTIÃO REBOLO
Produção HIPÓTESE CONTÍNUA, ASSOCIAÇÃO CULTURAL

CLÁUDIA NÓVOA
nasceu em 1966. Aos seis anos iniciou a sua formação em dança com Pirmin Treku. Continua em formação. Em 1985 integrou o elenco do Ballet Gulbenkian, onde permaneceu até à sua extinção em 2OO5. Em 2OO4 frequentou o Programa Gulbenkian de Criatividade e Criação Artística e em 2OO7 completou uma pós-graduação em Educação pela Arte. Criou espetáculos como “A Emoção da Mariposa Pairando Sobre uma Cascata de Pensamentos”, “Solidão aos Molhos, Solidão Fria, Nuvens de Solidão, Solidão com Todos”, “Beladepasmar”, “Berna, nº49 Kramgasse”, “Ela e o Mundo, o Mundo Nela”, “Olhos de Areia”, “Mar de Gente, Mundo Mar”, “Amor aos Retalhos”, “Uma Certa Portugalidade”, “Um Homem e o seu Criado” e “Coreto Con(vida)”, os últimos dois em circulação. Em coautoria criou “Electra”, “ATM”, “Hamlet”, “Napoleão ou o Complexo de Épico”, “Antígona” e “Julio César” para a Companhia do Chapitô. Colabora regularmente com vários encenadores, trabalhando em dança, circo e teatro. Desde 2OO5 tem lecionado em diferentes escolas e serviços educativos. Atualmente leciona na EPTC.

CAROLINA VASCONCELOS nasceu em 1998. Iniciou a sua formação na EPAOE (Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo) e em seguida no INAC (Instituto Nacional das Artes do Circo), onde finalizou o curso em 2O18 com a especialidade de Roda Cyr. Apresentou o seu solo final de curso na Casa das Artes de Famalicão, no FIS (Festival Internacional de Solos) e no festival Cúpula 2O18. Trabalhou como intérprete nas peças de Jorge Lix, Emmanuelle Huynh, Bruno Machado, Luciano Amarelo, entre outras. Em 2O19 fez a formação avançada em Interpretação e Criação Coreográfica na Companhia Instável. Dirigiu o solo “À espera que caia” e “In Loco” da Companhia Absurda, da qual é cofundadora desde 2O21. Trabalha no projeto “Circo por Todos” no INAC desde 2O19 como formadora e dirigiu o espetáculo inclusivo “O Touro Vai Nu”. Fez o 3º ano artístico do INAC e cocriou o espetáculo “Frágil”. Trabalha também como professora de dança criativa com crianças.

RACHEL CAIANO nasceu em 1977. Artista plástica e ilustradora, com formação em artes do palco, tem vindo a desenvolver projetos nas áreas da pintura, cenografia e ilustração. O seu livro, “Coração de Pássaro” obteve uma Menção Especial de Poesia nos Bologna Ragazzi Award 2O22; “De Umas Coisas Nascem Outras”, com texto de João Pedro Mésseder, foi vencedor do Prémio Autores da SPA 2O16; “Pequeno Livro das Coisas”, de João Pedro Mésseder, recebeu o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2O14, além de ter sido finalista do Prémio Autores – Melhor Livro de Literatura Infanto-Juvenil 2O13, da SPA. Tem publicado livros em parceria com Sandro William Junqueira, Ondjaki, Gonçalo M. Tavares, Rita Taborda Duarte, Mar Benegas, entre outros autores. Muitos dos seus livros fazem parte das listas do Plano Nacional de Leitura. Finalista do Prémio Jovens Criadores 2OO7, alguns dos seus livros constam da exposição «The White Ravens», uma seleção internacional. Ilustrou mais de 3O livros de diferentes géneros publicados em Portugal, Brasil, Espanha e Angola. Muitos dos seus livros foram traduzidos e publicados em diversos países, entre eles, França, Itália e Argentina. Colabora em diversas publicações periódicas. Promove workshops e masterclasses de ilustração e educação pela arte em escolas e bibliotecas. Na área da criação teatral, trabalhou com João Meireles, Miguel Simões, Ana Raquel e Beatriz Marques Dias, Madalena Victorino, Constanza Givone, Miguel Jesus, João Brites, entre outros.

SÍLVIO ROSADO nasceu em 1972. É músico e designer de formação. Foi membro fundador das bandas Flood, Primitive Reason, Luna Sea Sane e Nicorette. Na área de Sound Design, desenvolve vários trabalhos de sonoplastia e composição com o artista plástico João Paulo Serafim. É compositor e colaborador regular da Companhia do Chapitô, onde tem composto a banda sonora de peças originais: “O Homem que Perde a Sombra”, “Electra”, “Napoleão ou O Complexo de Épico”. Membro fundador de O Hotel Bordell, projeto visual e musical com Bruno Lobato (Batida) e Ricardo Pinto (kompanialgazarra). É ainda compositor e sonoplasta em vários filmes e documentários de Tiago Pereira, com quem inicia os reconhecidos e premiados projetos Sampladélicos e Remisturar o Local, onde, com a comunidade, montam uma espécie de Ópera/Vídeo/Música com as práticas de cada local ou região ou país. Tem desenvolvido ao longo dos anos esculturas sonoras para diversos projetos museológicos como o Núcleo Arqueológico do Castelo de São Jorge, a exposição da Carta de Pêro Vaz de Caminha no Castelo de Belmonte ou o futuro Museu do Tejo. Anda atualmente em circulação com o espetáculo “Um Homem e o seu Criado” de Cláudia Nóvoa, onde é interprete e compositor.

JOANA DA MATTA nasceu em 1985. É licenciada em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e Master of Arts (MA) em Interaction Design, pela Domus Academy, Milão, Itália. Tem trabalhado enquanto designer de exposições e cenógrafa, interligando diferentes tipos de conhecimentos, coordenando equipas pluridisciplinares, colaborando com artistas, designers, pensadores, assim como desenvolvendo diversos projetos expositivos, como Mostra Nacional Jovens Criadores e Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo (2OO9 – 2O15), Projeto EVA – Exclusão de valor Acrescentado, Sob o Pano (projeto em parceria com os Teatros Municipais Portugueses; 2O16 – até ao momento), Se ascolto dimentico, se vedo ricordo, se faccio capisco, Biennale di Venezia, entre outros. Tem colaborado com diversas instituições e iniciativas culturais nacionais e internacionais, tais como CPAI (Clube Português de Artes e Ideias), IFICT, Teatro Comuna, Pépinières Européennes pour Jeunes Artistes, Res artis, entre outros. Lecionou, entre 2O18 e 2O21, a disciplina de Cenografia na Escola artística Chapitô.

SANDRO WILLIAM JUNQUEIRA nasceu em 1974. É escritor, encenador, professor de expressão dramática, e autor de vários projetos de promoção do livro e da leitura. Publicou, na Caminho, os romances “O Caderno do Algoz”, 2OO9, “Um Piano para Cavalos Altos”, 2O12, “No Céu Não Há Limões”, 2O14, finalista do Grande Prémio de Romance e Novela APE; três livros para crianças: “A Cantora Deitada”, 2O15, “A Grande Viagem do Pequeno Mi”, 2O16, e “As Palavras Que Fugiram do Dicionário”, 2O18 (vencedor do Melhor Livro Infantil Juvenil para o Prémio Autores 2O18 – SPA). “Quando as Girafas Baixam o Pescoço”, 2O17, nomeado Melhor Romance para o Prémio Autores 2O18 – SPA, e “A Sangrada Família” são os seus últimos romances. Autor das peças de teatro “Os Anjos Tossem Assim”, “Medronho”, “O Presente de César”, “O Que Vamos Fazer com a Revolta” e “Shot to Nothing”. Tem textos traduzidos para inglês, alemão, búlgaro e neerlandês.

TASSO ADAMOPOULOS nasceu em 1972. Inicia o seu percurso em 1995 como assistente técnico de iluminação numa empresa de som e luz. Entra em 1996, como técnico de luz, para o Teatro da Malaposta. Em 1997 frequenta a Escola Técnica Superior ADAMS 3i, em Bordeaux, França e em 1998 integra a equipa de iluminação da Exposição Mundial de Lisboa (EXPO’98). De 1999 a 2OO7 reside e trabalha em França onde aprende, pratica e desenvolve a atividade de iluminador/desenhador de luz entre Bordeaux, Lyon e Paris. Nesses 8 anos colabora com diversas companhias de teatro e de dança, assume a direção técnica de um teatro e de alguns festivais, colabora com a Opéra de Bordeaux, faz assistência de encenação, participa na criação e execução de cenografias e faz digressões pela Europa e África. Em 2OO7 regressa a Portugal, passa pelo Teatro das Beiras, TNDM II, Teatro da Comuna, Atelier REAL, Teatro Aberto, Teatro Tempo, Teatro dos Aloés, Teatro Meridional, Companhia de Teatro de Almada, Companhia Vagar, Companhia Caótica, Teatro O Bando, A Companhia Casa Cheia, Associação LAMA, integra a equipa do Festival de Almada entre 2OO7 e 2O18, e do Festival TODOS em 2O16-2O17. No fim de 2O18 assume o cargo de Adjunto da Direção Técnica no recente Teatro Luís de Camões – LUCA (EGEAC) em Lisboa. Colaborações e/ou criações com: Joaquim Benite, Miguel Seabra, Jorge Silva, Isabel Mões, Márcia Lança, Carolina Campos, Caroline Bergeron, Catarina Santana, António Pedro, Joel Pommerat, Claude Antoniazzi, Stephane Alvarez, Fernando Mota, João Mota, Álvaro Correia, Ricardo Neves-Neves, Jean Pierre Terracol, Cláudia Dias, Maria Ramos, João Fiadeiro, Marta Dias, Gil Nave, José Peixoto, José Carretas, Miguel Mateus, João Paulo Seara Cardoso, Elsa Valentim, António Pires, Daria Kaufman, João de Brito, Francisco Camacho, Sílvia Real, Nuno Lucas, Tiago Cadete, Miguel Castro Caldas, Ana Nave, Natália Luiza, Sandra Barata Belo.

SEBASTIÃO REBOLO nasceu em 1998. Em 2O15 conclui o curso de Design de Produto na Escola Secundária Artística António Arroio e muda-se para o Porto. Entre 2O17 e 2O19 trabalha como treinador de vela. No ano de 2O19, realiza um período de intercâmbio na Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo da Universidad de la República, em Montevideu, no Uruguai. É Mestre em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto desde 2O21 e colabora desde então como Arquiteto Estagiário no atelier Aires Mateus e Associados, em Lisboa.

©Fotografia RACHEL CAIANO

RESIDÊNCIA

2O23 | MAI 16 a JUN O9 + OUT 1O a 14

LOCAL A DEFINIR

Residência artística não aberta ao público

[CIRCO CONTEMPORÂNEO]

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