BLOOM
Lewis Gillon Seivwright
BLOOM é uma performance multidisciplinar em que um artista explora a ideia de um florescimento pessoal num ambiente cerimonial, impulsionada por partituras musicais imersivas, danças rítmicas, movimentos expressivos e grande abundância de material. Uma performance inspirada em ideias de evolução, ritos de passagem, revelando e curando através de práticas rituais e de maturidade e procriação sexual inspiradas por exemplos encontrados no mundo natural.
Como pode o intérprete explorar os processos de transformação sensoriais, sensuais e explosivos que acontecem no mundo natural com intenção ritualística?
Como pode alguém quebrar as limitações atuais impostas pelo medo do desconhecido, através do uso de práticas ritualistas e do trabalho individual? Recorrendo aos métodos apresentados na natureza e as práticas humanas que estão a desaparecer, para melhorar as nossas vidas e o modo como vivemos?
BLOOM é inspirada pelos ciclos de fertilidade, pelas táticas de sobrevivência e pelas diversas expressões de cores e formas encontradas na flora e fauna. Incluindo a fragância e as formas surpreendentes das flores silvestres a florescer, as tecnologias inatas que evoluíram como métodos de propagação em plantas e fungos, as habilidades de camuflagem incrivelmente inteligentes demonstradas pelo polvo e as demonstrações dinâmicas de cortejo que ocorrem com as Aves do Paraíso e muitos outros animais e insetos.
O reconhecimento do papel que a música desempenha no ritual de muitas sociedades humanas, como meio de transformação das fronteiras entre o sagrado e o profano e entre o natural e o sobrenatural, faz dela um ingrediente essencial para BLOOM.
BLOOM tem como foco a criação colaborativa de um arranjo musical imersivo, para incluir o público na experiência. O autor está interessado na criação de estados hipnóticos e de transe acedidos através de partituras musicais rítmicas, usando múltiplos elementos para criar sequências de percussão rítmicas, tocadores de gaitas de foles/instrumentos de sopro e padrões melódicos e expressões vocais (p.e. assobios, cânticos, vozes harmónicas e representações de sons de animais, etc.). Explora também os efeitos da frequência e os seus efeitos no corpo e mente, inspirado nas práticas tibetanas de rituais de purificação.
Quanto aos aspetos performativos, visuais e sensoriais de BLOOM, recorrer-se-á à exploração e composição de sequências de movimentos dinâmicas e ritualizadas, estados de experiência intensificada através de práticas físicas catárticas, o estudo de rituais de acasalamento e expressões no reino animal, aromas florais/ambientes húmidos, material em superabundância com o objetivo de explorar a sua aplicação coreográfica transformadora. A reutilização e reaproveitamento de materiais em abundância (p.e. toalhas de banho) interessam ao criador como prática estética, devido ao seu volume e impacto visual, enquanto reconhecimento da nossa superprodução e falta de consciência do consumo e dos efeitos no equilíbrio do mundo.
LEWIS SEIVWRIGHT é formado, com distinção, pela Rambert School of Ballet and Contemporary Dance (Londres, 2O13) e trabalhou para a companhia de dança TanzMainz (Alemanha) entre 2O13 e 2O16. Desde 2O16, como bailarino freelancer, tem trabalhado com Club Guy and Roni (Holanda), Lilianne Brakema (Holanda), Jonas&Lander (Portugal), Catarina Miranda (Portugal), Sofia Dias & Vítor Roriz (Portugal), Tiago Vieira (Portugal) e Mala Voadora (Portugal). Tem sido regularmente convidado para lecionar em diferentes locais, quer no formato de workshops de dança/movimento (Aurora Ballet School, Japão), quer na formação em dança contemporânea (Estúdios Victor Córdon e FOR Dance Theatre – Companhia Olga Roriz, Portugal).
RESIDÊNCIA
2O23 | DEZ O5 a 1O
LOCAL A DEFINIR
Residência artística não aberta ao público
[PERFORMANCE]
ESTREIA : A DEFINIR
PARTILHAR