FREQUÊNCIA

FREQUÊNCIA

Cie Errance/Leonardo Ferreira 

Frequência” evoca a imortalidade. Tema carregado pela história de um “ser” para além do género, mesmo se, por vezes, se apresente com os contornos de uma figura masculina. Uma figura poética e eterna, inspirada nos grandes retratos do cinema mudo. A sua história é uma viagem entre o passado e o futuro, um pretexto para nos transportar entre valores pós-modernos e projeções futuristas ao sabor da inteligência artificial. O tempo gira sobre si mesmo – em espiral – e a linha do tempo explode.

Pelas suas múltiplas ressonâncias com o palco e as nossas próprias sensações, “Frequência” é um convite ao espanto, entre o acaso e o burlesco.

Frequência” é como uma trajetória parcialmente infinita, onde a renovação e a descoberta de um terceiro mundo gravitam numa atmosfera densa e hipnótica, embarcando assim numa viagem por um espaço-tempo dilatado.

Uma errância desenrola-se através da coreografia do corpo que testemunha uma forte presença num mundo cíclico e incerto.

Através das suas acrobacias no chão e no mastro chinês, Leonardo Ferreira explora uma narrativa coreográfica em que reflete sobre a imortalidade. Esculpir o eterno está no cerne do diálogo entre a matéria plástica e a escrita da cena.

Esta não é apenas uma história, é talvez um enigma; uma variação da nossa passagem, dos cinzentos do mundo…

Conceção, Composição e Interpretação LEONARDO FERREIRA
Assistência à Encenação MARIE SECLET
Sonoplastia THOMAS MIRGAINE
Desenho de Luz SOLANGE DINAND
Conceção Plástica e Adereços FRANÇOIS GILLES
Figurinos ROMANE CASSARD
Maquinaria BERTRAND DUVAL
Produção CIE ERRANCE
Coprodução e Apoios PÔLE SPECTACLE VIVANT/COMMUNAUTÉ D’AGGLOMÉRATION DE SAINT-DIÉ-DES-VOSGES (88), ARCHAOS/PÔLE NATIONAL CIRQUE – MARSEILLE (13), LE PALC/PÔLE NATIONAL CIRQUE CHÂLONS-EN-CHAMPAGNE (51), TRANSVERSALES/SCÈNE CONVENTIONNÉE CIRQUE – VERDUN (55), LA MACHINERIE 54 – HOMÉCOURT (54), TEATRO MUNICIPAL PORTO E CIA ERVA DANINHA (PT), CENTRO CULTURAL MALAPOSTA/MINUTOS REDONDOS/CM ODIVELAS – ODIVELAS (PT), BÚSSOLA E 23 MILHAS/FESTIVAL LEME – ÍLHAVO (PT), RÉSEAU GRAND CIEL, DRAC GRAND-EST, CONSEIL RÉGIONAL GRAND-EST, CONSEIL DÉPARTEMENTAL DES VOSGES, AGENCE CULTURELLE GRAND-EST, DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES (PT)


LEONARDO DUARTE FERREIRA
nasceu em Lisboa em 1992. É artista de circo, criador e performer. Em 2OO8 ingressou no Curso de Interpretação e Animação de Circo na Escola Profissional de Artes e Técnicas do Espectáculo Chapitô, em Lisboa, confrontando novas linguagens e outras disciplinas como a dança e a acrobacia. Em 2O13 integrou a École Nationale des Arts du Cirque de Rosny-sous-Bois, onde se especializou em acrobacia e mastro chinês. No Centre National des Arts du Cirque de Châlons-en-Champagne, Leonardo desenvolve um trabalho à volta da identidade corporal, em que a relação acrobática com o objeto e o espaço é levada a uma dimensão cinematográfica. Desde 2O16 que atua como intérprete no espetáculo “Plan B” de Cie111/Aurèlian Bory e Phill Solthanoff. Em 2O18, após a digressão de “Atelier 29”, dirigido por Mathurin Bolze/Cie MPTA, cofundou o Groupe Zède, com Joana Nicioli e Antonin Bailles, com quem atualmente codirige, cocria e interpreta “Três”, uma peça circense dançada por três acrobatas num mastro chinês, criada em 2O19 na Biennale Internationale des Arts du Cirque (BIAC) em Marselha. No mesmo ano, cria “Wake Up”, juntamente com Corentin Diana, uma peça dançada de circo para dois acrobatas. Ainda em 2O18 cocriou e interpretou “Vão”, uma criação da companhia portuguesa Erva Daninha. Em janeiro de 2O21 filmou uma curta-metragem dentro da narração da peça “Wake Up”, coproduzida pela ARTE/Télerama/ADAMI, disponível na ARTEConcert como parte de uma coleção de 25 obras visuais de circo, dança e artes visuais intitulada “Arte en Scène”. Torna-se depois intérprete no espetáculo “La Fuite”, de Olivier Meyrou, am alternância com Matias Pilet. Atualmente, Leonardo Ferreira articula a sua carreira entre os seus espetáculos ativos (“Três”/Groupe Zède e “Wake Up”/Leonardo Ferreira & Corentin Diana), outras colaborações com outras companhias, e o seu novo projeto, “Frequência” da Cie Errance.

MARIE SECLET é formada na segunda turma do Centre National des Arts du Cirque (CNAC) em Châlons-en-Champagne, sendo especialista em acrobacia aérea. De 199O a 1996, viajou pelo mundo integrada em várias digressões com companhias circenses, como a Cirque Archaos (França, Itália, Inglaterra, Escandinávia, Estados Unidos, Canadá), Cirque Boswell-Wilkie (África do Sul) e Cirque Flic-Flac (Alemanha). Em 1991 recebeu o prémio especial do júri no Festival Mondial du Cirque de Demain, com a dupla “Maringela”. Entre 1997 e 2OO7, atuou em várias companhias de teatro como acrobata e trapezista: Tigre, Cie Les Hommes Penchés, etc. É criadora e performer em várias companhias circenses contemporâneas (Cirque Pagnozoo, Le P’tit Cirk de Jul, etc.). Paralelamente, cocriou a sua própria companhia de circo, Kârwân, em 2OO3, na qual criou e interpretou diversos números e espetáculos (“Les 7 Antiennes de Bach”, “Le Vol des Anges”). Durante quinze anos, foi responsável pela administração, logística e organização de espetáculos, ações culturais e eventos da Cie Kârwân. Desde 1996 é professora e oradora em várias escolas de circo, entre as quais Le Lido em Toulouse, ESAC em Bruxelas (cargo permanente) e ACCAPA em Tilburg. Atualmente exerce funções permanentes no CNAC, onde leciona desde 2O14.

CIE ERRANCE, criada em 2O21 e com sede na região de Hautes Vosges/Grand Est. Lança-se na criação de objetos artísticos de todo o género, através de peças teatrais, performances, espetáculos e histórias, abrindo-se a novos suportes como o cinema, as artes plásticas ou mesmo instalações. A Cie Errance defende a vivacidade de um circo errante, metafísico e cinematográfico, onde o cruzamento de expressões dá forma a todo o tipo de objetos artísticos que vão para além dos formatos convencionais.

©Fotografia CIE ERRANCE

 

NOVO CIRCO

2O23 | MAR O4 e O5

SÁB – 2OH3O
DOM – 16H3O

AUDITÓRIO

1O€ | DESCONTOS APLICÁVEIS

55 MINUTOS

M/O3 | [Espetáculo aconselhado para M/O8 anos]

Informações Adicionais | Informamos que o espetáculo “Frequência” utiliza luzes estroboscópicas.

 

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