À NOS VERTIGES
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Corentin Diana e Emma Verbeke, com MPTA – Compagnie les Mains, les Pieds et la Tête Aussi
Corentin Diana e Emma Verbeke, artistas circenses oriundos do Centre National des Arts du Cirque, formam um duo num espaço de representação em constante evolução. Ele procura as verticais que o manterão de pé e a sua relação com um solo movediço, com uma terra instável. Ela, nas cintas aéreas, tende a escapar-se no ar, a inebriar-se em espirais e suspensões. Têm como parque infantil um objeto de madeira e metal suspenso, concebido como um sistema de matrioscas que se eleva, desdobra, enrola e balança. Estas diferentes paisagens são simultaneamente metáforas e o contexto da sua relação. É um pedaço de terra, um horizonte, o seu teto, o seu miradouro… Do equilíbrio ao desequilíbrio, com ardor, estão em constante adaptação dos seus movimentos, interagindo com essa instabilidade.
Assim, reconstroem lugares, espaço-tempo, o sentido e o fio ténue de uma história, o esboço do seu retrato…
Criação e Interpretação CORENTIN DIANA E EMMA VERBEKE
Criação Sonora PHILIPPE FOCH E JÉRÔME FÈVRE
Consultor Artístico Externo MATHURIN BOLZE
Apoio à Dramaturgia SAMUEL VITTOZ
Maquete Cenográfica DIDIER GOURY
Direção Técnica e de Cena ANTONIN CHAPLAIN
Desenho Luz CLÉMENT SOUMY
Figurinos GABRIELLE MARTY E SOFIA BENCHÉRIF
Agradecimentos JULIEN MUGICA E ATELIERS DO CENTRE NATIONAL DES ARTS DU CIRQUE
Produção COMPAGNIE LES MAINS, LES PIEDS ET LA TÊTE AUSSI – LYON © 2O2O
Apoios DISPOSITIF NATIONAL D’AIDE AU COMPAGNONNAGE (DIRECTION RÉGIONALE DES AFFAIRES CULTURELLES AUVERGNE RHÔNE-ALPES)
Coprodução e Acolhimento em Residência CIRK’EOLE – MONTIGNY-LES-METZ; THÉÂTRE DE LA MOUCHE; VILLE DE SAINT-GENIS-LAVAL; MA SCÈNE NATIONALE PAYS DE MONTBÉLIARD; LA GARANCE – SCÈNE NATIONALE DE CAVAILLON; AGORA, POLE NATIONAL CIRQUE BOULAZAC AQUITAINE; CIRCA – POLE NATIONAL DES ARTS DU CIRQUE CIRCA AUCH GERS OCCITANIE; PLATEFORME DES 2 PÔLES CIRQUE EN NORMANDIE E CIRQUE-THÉÂTRE ELBEUF
CORENTIN DIANA ingressou, aos 18 anos, na École Nationale des Arts du Cirque em Rosny-sous-Bois (ENACR) e num coletivo de argolas chinesas. Mais tarde ingressou na École de Cirque de Bordeaux onde escolhe a sua especialização: a acrobacia. Em 2O15 ingressa no Centre Nationale des Arts du Cirque (CNAC) em Châlons-en-Champagne, onde conhece Emma Verbeke, estudante e Mathurin Bolze, professor. A experiência da oficina-espetáculo “Atelier 29”, levou-o a ser um dos intérpretes do espetáculo “Les Hauts Plateaux”, uma criação de 2O19 de Mathurin Bolze – e a integrar a companhia MPTA, conjuntamente com Emma Verbeke.
EMMA VERBEKE começa a desenvolver o seu sentido artístico com a dança e a bricolage em família. O circo começa por ser um passatempo, mas opta por fazer o bacharelato na opção Artes Circenses em Châtellerault e, mais tarde, ingressa na École de Cirque de Bordeaux, onde se especializa em cintas aéreas. No Centre Nationale des Arts du Cirque de Châlons-en-Champagne, em 2O15 torna-se na primeira mulher com a sua especialização a integrar o CNAC, com o objetivo de poder dar uma nova frescura à disciplina. Ao longo do tempo vai enriquecendo o seu trabalho de pesquisa com outras disciplinas que pratica, como equilibrismo, dança, acrobacia e todas as pequenas loucuras que a habitam. Em 2O17, o CNAC confiou a produção do espetáculo final de curso da 29ª turma a Mathurin Bolze, e foi durante o processo desta oficina-espetáculo “Atelier 29”, que Emma cria um forte vínculo com os aparelhos cenográficos que tinha à sua disposição. Esta pesquisa centrada na aprendizagem acrobática de várias plataformas suspensas levou-a atualmente a um novo projeto em duo com Corentin Diana, seu colega de turma.
PHILIPPE FOCH é um músico versátil, um “viajante de territórios”: da música tradicional, improvisada e eletroacústica às experiências teatrais e performativas. Baterista de formação, é um dos raros percussionistas franceses a ter uma forte relação com as tablas, tendo sido apresentado ao instrumento por Pandit Shankar Ghosh. O estudo da música indiana influenciou a sua abordagem e deu à sua forma de tocar e compor uma paleta rica, combinando a execução tradicional e sonoridades contemporâneas. O seu percurso tem sido marcado por intensas colaborações no jazz e na música livre. Em 2O15 criou o solo “Taarang” (conjunto de 15 tablas e eletrónica), que deu origem a um álbum homónimo. Também trabalha com o litofone (conjunto de pedras sonoras), instrumento a partir do qual foi desenvolvido o solo “Laand”. Como artista associado ao Athénor, criou um solo para a primeira infância, uma peça para matérias-primas e eletrónica, performances em paisagens, uma instalação vídeo e sonora, um concerto performance para um território. Compõe regularmente para teatro (François Cervantès), dança (Sophiatou Kossoko) e circo (Mathurin Bolze, Jeanne Mordoj).
JÉRÔME FÈVRE é membro fundador da Cie MPTA e responsável pela coordenação técnica de todos os projetos realizados pela companhia (criações, cartas brancas, festival) e participa regularmente nas suas criações sonoras. Produziu, de forma notável, a música para os espetáculos “Fenêtres” e “Barons Perches”, em estreita colaboração com Mathurin Bolze. Em dueto com o músico Philippe Foch, coproduziu a música original do espetáculo “Du goudron et des plumes”, revelando as sonoridades do palco. Para o espetáculo “Tangentes”, trabalhou o som e depois gravou a música original de Akosh S. e Gildas Etevenard. Ao vivo, foi engenheiro de som de Louis Sclavis e Jean Pierre Drouet no espetáculo “utoPistes” e do quarteto Arabetiko na digressão do espetáculo “Nous sommes pareils à ces crapauds qui… suivi” de Ali. Como parte de um primeiro programa de mentoria artística iniciado pela Cie Mpta, cria a música original para o espetáculo “Somnium” de Juan Ignacio Tula e Stefan Kinsman, antigos estudantes do CNAC (turma de 2O14). Nesta ocasião, conheceu Séverine Chavrier com quem colaborou posteriormente nos projetos “Un – Femme” e “Echappées” em 2O17 no CNAC. Continua a colaborar com o CNAC até hoje.
MATHURIN BOLZE colabora com vários diretores, coreógrafos e compositores, como Jean Paul Delore, François Verret, Kitsou Dubois, Guy Alloucherie, Roland Auzet, Richard Brunel, Jean Pierre Drouet, Akosh, Alexandre Tharaud, Philippe Foch, Louis Sclavis. Começou por fazer parte do Collectif Anomalie antes de formar a sua própria companhia em 2OO1, com a qual criou “Fenêtres”, “Tangentes”, “Ali”, com Hèdi Fabet, “Du Gudron et des Plumes”, “À bas bruit”, “La Marche” e “Barons perches”. A sua criação, “Les hautes plateaux”, estreou em 2O19. Dirige criações coletivas (“utoPistes” com a Companhia XY, “Ici ou là, maintenant ou jamais” com Cheptel Aleikoum) e constrói parcerias artísticas com Dimitri Jourde, Hèdi e Ali Thabet, Juan Ignacio Tula e Stefan Kinsman, e atualmente com Emma Verbeke e Corentin Diana. Todas estas aventuras aconteceram no festival utoPistes, organizado pela Companhia MPTA na área metropolitana de Lyon. Para além de formador, encena a mostra de fim de curso da 29ª turma do CNAC em associação com a 76ª turma do ENSATT. Foi membro do coletivo artístico de La Comédie de Valence – CDN Drôme-Ardèche de 2O15 a 2O19 e é, atualmente, artista associado do Manège – Scène Nationale de Reims.
CIE MPTA – LES MAINS, LES PIEDS ET LA TÊTE AUSSI foi fundada em 2OO1 em Lyon, Auvergne Rhône-Alpes, dedicando a sua atividade à pesquisa, criação e divulgação do Novo Circo. O olhar deste coletivo de trabalho concentra-se no cruzamento de linguagens, por isso as suas criações, colaborações e companheirismos são regularmente apresentados em França e no estrangeiro. Alternando a criação, a interpretação e o olhar artístico, ao mesmo tempo autor e intérprete, Mathurin Bolze continua a questionar as artes do movimento e do palco com o desejo de que as afinidades artísticas sejam forças motrizes desta pesquisa. Desde 2O11 que a Companhia les Mains, les Pieds et la Tête Aussi organiza o festival utoPistes, evento dedicado às artes circenses, às grandes e pequenas utopias na área metropolitana de Lyon. Criações e colaborações artísticas da Companhia les mains les pieds et la tête aussi: “La Cabane aux fenêtres” (2OO1), “Fenêtres” (2OO2), “Tangentes” (2OO5), “Ali” com Hèdi Thabet (2OO8), “Du goudron et des plumes” (2O1O), “utoPistes”, o espetáculo com a Cie XY (2O11), “A bas bruit” (2O12), “Nous sommes pareils à ces crapauds qui dans l’austère nuit des marais s’appellent et ne se voient pas, ployant à leur cri d’amour toute la fatalité de l’univers” de Ali Thabet e Hedi Thabet (2O13), “La Marche” (2O15), “Barons perchés” (2O15), “Somnium” de Juan Ignacio Tula e Stefan Kinsman (2O15), “Ici ou là, maintenant ou jamais”, com Cheptel Aleikoum (2O16), “Santa Madera” de Juan Ignacio Tula e Stefan Kinsman (2O17), “Atelier 29” com a 29ª turma do CNAC e a 76ª turma do ENSATT (2O17), “Instante” de Juan Ignacio Tula (2O18), “Les hauts plateaux” (2O19), “À nos vertiges” (2O2O).
©Fotografia PIERRE PLANCHENAULT


NOVO CIRCO | EM FAMÍLIA
2O22 | OUT O1
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M/O3
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