Øcre
de Filipe Raposo
Øcre é o primeiro álbum de uma trilogia que resulta de uma reflexão ensaística sobre cores – vermelho, preto e branco -, e que será concluída em 2023. Filipe Raposo descreve esta trilogia como um “ensaio sonoro”, uma interpretação antropológica e artística sobre a cor, cruzando várias fontes de informação, na música, na pintura, na literatura. O álbum entrelaça temas inéditos do pianista com reinterpretações de outras obras, como “Blombos ave”, baseada no coral BWV 245 de Bach, “Ó meu bem”, sobre uma melodia tradicional açoriana, e “Oblivion Soave”, de uma ópera de Monteverdi (“A Coroação de Popeia”), com interpretação da cantora Rita Maria. Um espetáculo em que o jazz, a música erudita e o cancioneiro tradicional são fontes primordiais e em que o piano de Filipe Raposo destila pura liberdade interpretativa que só a música improvisada permite.
Piano e Composição FILIPE RAPOSO
Produção PIANO PIANO PRODUÇÕES
Filipe Raposo nasceu em Lisboa em 1979. É pianista, compositor e orquestrador. Iniciou os seus estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem o mestrado em Piano Jazz Performance pelo Royal College of Music (Stockholm) e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa. Tem colaborações em concerto e em disco com alguns dos principais nomes da música portuguesa: Sérgio Godinho, José Mário Branco, Fausto, Vitorino, Janita Salomé, Amélia Muge, Camané, Carminho, Rita Maria, Maria João. Desde 2004 tem colaborado com a Cinemateca Portuguesa como pianista, para a qual gravou a banda sonora para as edições em DVD de dois filmes do Cinema Mudo português: em 2017 foi lançado “Lisboa, Crónica Anedótica” de Leitão de Barros, tendo ganho uma Menção Honrosa no Festival Il Cinema Ritrovato em Bolonha, e em 2018 “O Táxi no 9297” de Reinaldo Ferreira. Filipe Raposo compõe habitualmente bandas sonoras para cinema e teatro. Em parceria com artista visual António Jorge Gonçalves tem desenvolvido uma investigação artística sobre o nascimento da arte.
Em nome próprio já editou os discos:
• First Falls (2011) – Prémio artista revelação Fundação Amália —considerado também um dos 13 melhores discos do jazz português pela revista TimeOut Lisboa;
• A Hundred Silent Ways (2013);
• Inquiétude (2015);
• Rita Maria & Filipe Raposo Live in Oslo (2018);
• Øcre (2019).
“… um notável alquimista dos sons, alguém capaz de processar criativamente os materiais que o rodeiam e de sintetizar aquilo a que, com propriedade, chama de «universo simbólico-artístico»”.
António Branco in Jazz PT
“Filipe Raposo pertence àqueles criadores para quem a música não existe desligada de todas as artes e de todo o mundo ao seu redor. A cada novo projecto, é natural que faça acompanhar as composições ao piano de uma reflexão e de uma investigação que balizem a criatividade.”
Gonçalo Frota in Público
“A poesia dos sons. (…) Filipe Raposo entra directo para a galeria dos notáveis, algures entre o jazz e a clássica.”
Rodrigo Amado in Público
“… Filipe Raposo afirma-se como um intérprete sensível, capaz de tocar com grande emoção e, simultaneamente, reunir todas as influências da sua personalidade musical.”
Raul Vaz Bernardo in Expresso
“Um espetáculo que para uns será uma belíssima revelação e para outros a confirmação de um magnífico compositor e líder, em diálogo com músicos excecionais.”
Miguel Lobo Antunes, Culturgest
“A sua música caracteriza-se por melodias fortes. Por vezes, adapta composições de Bach ou Schubert, trabalhando-as até que elas encaixem na sua própria paisagem sonora, a qual é influenciada pela tradição e pela música contemporânea.”
São Luiz Jazz Festival