Filipe Raposo

Filipe Raposo

Øbsidiana Vol.2

Chama-se ØBSIDIANA, vol.2, e é o segundo capítulo da trilogia das cores, ensaio sonoro e visual lançado por Filipe Raposo em 2019, que parte da reflexão artística sobre a influência de 3 cores: vermelho, preto e o branco. Sistema ternário que representa, desde a Antiguidade Clássica, um papel simbólico.

Com “Øcre” o pianista e compositor abordou a variação de vermelho, encarnada num reportório de temas inéditos e reinterpretações de outras obras, “A um deus desconhecido”, baseada no coral BWV 245 de Bach, “Ó meu bem”, sobre uma melodia tradicional açoreana, e “Oblivion Soave”, de uma ópera de Monteverdi (“A Coroação de Popeia”), com interpretação da cantora Rita Maria.

Se numa primeira reflexão foram surgindo múltiplos significados associados à cor vermelha, relacionados com o poder, o amor ou a morte, neste segundo capítulo é celebrado o preto, historicamente ligado a conotações que vão desde a ausência da própria cor ao tom pobre. Do luxo sofisticado e elegante à dignidade e ao mistério.

“Em contos e fábulas a cor serve para distinguir personagens, funções sociais: o vermelho associado aos guerreiros, o preto associado ao trabalho e o branco ligado à função sacerdotal.

Perceber a cor – as cores – e o seu simbolismo, tem sido uma das questões fundamentais ao longo desta reflexão, transformada em inquietude. Neste ensaio sonoro a cor e a música estão intimamente ligadas naquilo que é, inevitavelmente, o meu universo simbólico-artístico“.

Composição e Piano FILIPE RAPOSO

FILIPE RAPOSO nasceu em Lisboa em 1979. É pianista, compositor e orquestrador. Iniciou os seus estudos pianísticos no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem o mestrado em Piano Jazz Performance pelo Royal College of Music (Stockholm) e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm. É licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa. Para além da música colabora regularmente como compositor e intérprete em Cinema e Teatro. Tem colaborações em concerto e em disco com alguns dos principais nomes da música portuguesa: Sérgio Godinho, José Mário Branco, Vitorino, Amélia Muge, Camané, Rita Maria. Desde 2004 que colabora com a Cinemateca Portuguesa como pianista residente no acompanhamento de filmes mudos. A convite da Cinemateca Portuguesa compôs e gravou a banda sonora para as edições em DVD de vários filmes portugueses do Cinema Mudo: “Lisboa, Crónica Anedótica” de Leitão de Barros (2017), tendo ganho uma – Menção Honrosa no Festival Il Cinema Ritrovato em Bolonha; “O Táxi n.º 9297” de Reinaldo Ferreira (2018); “Frei Bonifácio” e “Barbanegra” de Georges Pallu (2020); “Nazaré” Leitão de Barros (2021). Em nome próprio editou os discos: “First Falls” (2011) — prémio revelação Fundação Amália; “Hundred Silent Ways” (2013); “Inquiétude” (2015); “Lisboa, Crónica Anedótica” – Banda sonora para o DVD Cinemateca (2017); “Live in Oslo” (2018); “ØCRE – Vol.1 da Trilogia da Cores” (2019); “The Art of Song” – Rita Maria e Filipe Raposo (2020); “ØBSIDIANA – Vol.2 da Trilogia das Cores” (2022).

© Fotografia FILIPE FERREIRA

MÚSICA

ESTREIA

2O22 | JUN O4

SÁB – 21HOO

AUDITÓRIO

12€ | DESCONTOS APLICÁVEIS

JAZZ

75 MIN

M/O6

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