Tomás Toste

ESTAVA A CHOVER, POR ISSO, NÃO FUI À LUA

Tomás Toste

Quantas são as camadas que revestem um momento? Quanta tinta temos de dissecar à procura de uma obra de arte em cada sentimento, enquanto o folheamos em busca de um significado? Ou devemos apenas sentir o que vemos? Sentir o que nos lembramos e não questionar o curso das coisas. Agarramo-nos ao fruto e o resto dissipa-se na vontade que temos de não existir para além do passado. Estava a chover, por isso, não fui à lua. Fiquei aqui, a pensar como podia ter sido. Se ao menos não estivesse a chover, tudo poderia ser diferente. Ficamos apenas sentados, a pintar possibilidades.

TOMÁS TOSTE é natural nos Açores, da Ilha Terceira, onde aprendeu a pertencer ao mar e às rochas desde novo. Não sabe andar de bicicleta, mas aprendeu a jogar xadrez antes de aprender a escrever. Herdou uma máquina de escrever da mãe e roubou uma câmara fotográfica ao pai, tudo ainda novo, herdou as palavras e roubou as imagens. 36… 24… dependia do rolo. Continua a roubar imagens. Sem rolo, mas é analógico. Agora as suas mãos podem cheirar a aguarrás, a óleo de linhaça ou a azul, às vezes a vermelho.

© Fotografia TOMÁS TOSTE

EXPOSIÇÃO

2O22 | SET O9 a OUT 15

TER a SÁB – 14H3O às 18HOO

FOYER

ENTRADA LIVRE

M/O3

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