INART OLHAR – GESTO – MOVIMENTO

OLHAR – GESTO – MOVIMENTO
[FESTIVAL INART]

António Barata, João Pedro Rodrigues e Zé Luís Rebel

O INART apresenta três exposições dedicadas ao movimento, assente em percursos, olhares e espaços temporais distintos. O percurso de 15 anos da CiM – Companhia de Dança é retratado por A. Roque e Célia Carmona, cofundadores da CiM que percorreram os palcos e os lugares onde se fez história. João Pedro Rodrigues aproxima-se do espetáculo “3,5O x 2,7O [três e meio dois setenta]”, que iniciou o trabalho artístico de inclusão da comunidade artística surda nas artes performativas, e que para além do corpo explora o conceito de fronteira. O fotógrafo Zé Luís Rebel, selecionou dois fotógrafos surdos para o acompanharem na interpretação do movimento através da imagem.

CiM – 15 anos em movimento

Nasceu em 2OO7 a partir de um convite do Festival MODE H que se realiza em Tours, França. A peça, com doze minutos, assumiu o nome “Baton Rouge”. Foi um enorme sucesso, dois espetáculos na Sala Vinci com 35OO pessoas a aplaudir de pé. Depois deste sucesso era impossível ficar por ali. Nasceu a CiM e um novo espetáculo de rua – “Sobre Rodas”. Correu o país, e chegou até Espanha, França e Brasil. Depois disso a CiM alargou os seus horizontes. Deixou de ser um projeto para Paralisia Cerebral, para abarcar todas as áreas da deficiência. Entre vários projetos destaca-se a vontade de fazer nascer um movimento que alargasse o acesso à Dança, às pessoas com deficiência, pelo que foi criado o projeto “Replicar a CiM – Formação em Dança Integrada”. Correram o país, e a partir daí não pararam. Centenas de pessoas, profissionais e não profissionais integraram o projeto. Hoje existe a CiM para adultos com e sem deficiência, a CiM para crianças, a CiM seniores e a CiM todos. A sua influência faz-se sentir no país e na Europa. As fotos são de autoria de A. Roque e Célia Carmona.

IN*OUTSIDE

Registado durante os ensaios da peça “3,5O x 2,7O [três e meio dois setenta]”, criação de Ana Rita Barata e Bruno Rodrigues (CiM – Companhia de Dança), interpretada por seis atores/bailarinos surdos e ouvintes, é um projeto fotográfico centrado numa exploração do movimento dentro e fora de fronteiras.

EXPOSIÇÃO COLETIVA

O fotógrafo Zé Luís Rebel foi desafiado a convidar outros dois fotógrafos surdos – Daniel Santos e Joana Silva – a criarem uma exposição em conjunto. O diálogo entre os três fotógrafos apresenta interpretações sobre as temáticas do corpo, movimento e imagem, numa perspetiva de empoderamento da comunidade surda, mostrando sentidos e visões diferenciadas, mas complementares.

CiM 15 anos em movimento A. ROQUE E CÉLIA CARMONA
In*Outside JOÃO PEDRO RODRIGUES
Exposição Coletiva ZÉ LUIS REBEL, JOANA SILVA E DANIEL SANTOS

A. ROQUE [CiM – 15 anos em movimento] nasceu e viveu em Tortosendo, Angola, Paris e Lisboa. Concluiu o 9º Ano e frequentou o Curso Geral do Comércio e o Curso de Sociologia na Universidade Paris 8, em França. Fez também formação na área da Gestão de Unidades de Apoio a Pessoas com Deficiência. Dá formação profissional para pessoal dirigente. Trabalhou/a em diversos ofícios enquanto carpinteiro, empregado de escritório, militar “operador cripto”, metalúrgico retificador, educador especializado de rua, jornalista, repórter fotográfico, impressor Offset, monitor de Artes Gráficas e Fotografia ou Mestre – Coordenador de Centro de Atividades Ocupacionais. É escritor e pintor, tendo já realizado diversas exposições.

JOÃO PEDRO RODRIGUES [In*Outside] é formado em Fotografia e Motion Design. Realiza trabalhos fotográficos e de pós-produção. Formador em aulas particulares, workshops e ambiente escolar. Atua em diversas áreas da fotografia comercial e em projetos autorais.

ZÉ LUÍS REBEL [Exposição Coletiva] é cineasta português, natural do Porto. Formou-se em Multimedia na vertente de Audiovisual, em 2O11, fundou a GestoFilmes Studios, um estúdio de cinema independente dedicado à produção de filmes com legendagem e língua gestual, já tendo uma lista de mais de 2O filmes, dentre eles, curtas-metragens e documentários. GestoFilmes, Zé Luís ou ZLR, é conhecido na comunidade surda portuguesa e nas contribuições para a comunidade na luta em quebrar barreiras de comunicação e construir pontes acessíveis.

JOANA CRISTINA SILVA [Exposição Coletiva] tem surdez profunda. A sua história como fotógrafa “amadora” começa a 16 de dezembro de 2OO9, tendo todos os dias vindo a aprender mais sobre as técnicas de fotografia. A fotografia é o seu grande passatempo e uma parte muito importante da sua vida, onde gosta de dar asas à imaginação e, através da criação e conjugação de imagens, obter um produto artístico.

DANIEL SANTOS [Exposição Coletiva] nasceu em 1988, em Faro. Frequentou o curso de Design de Comunicação, na Escola Secundária de Tomás Cabreira, e licenciou-se em Imagem Animada na UAlg – Universidade do Algarve. Apesar de se dedicar a vários géneros, as suas preferências são a Paisagem, Ave e Macro. Em 2O13, começou a aprender fotografia através de workshops. Desde 2O15 tem visto os seus trabalhos fotográficos a serem distinguidos em alguns concursos de fotografia nacionais e internacionais.

© Fotografia DANIEL SANTOS

EXPOSIÇÃO

2O22 | JUL 19 a 23

TER – 18HOO
QUA a SÁB – 14H3O às 18HOO

FOYER

ENTRADA LIVRE

M/O3

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