CORPO EM DANÇA
de Paulo Pimenta
“Leveza, movimento, alegria, tristeza, dor, suor, ritmo, palco, luz, reflexão, linguagem, cultura, arte, dimensão, disciplina, horas, dedicação, crer, lutar, procurar, limite, explosão, grito, beleza, cor, dança, corpo, mente, possibilidade, descobrir, oportunidade, universal, corpo, dança, acreditar, respirar, deixar ir, voar, sonhar, abrir, lugar, diálogo, figuras, abstrato, intelectual, emocional, metafísico, foco, integrar, grupo, interdisciplinar, mente, corpo em dança. Estas são algumas palavras que fazem parte das fotografias que tenho feito ao longo dos anos. Nem todas representam o momento específico da dança, mas transportam-me para tudo o que a envolve – os seus protagonistas, a montagem do espetáculo, o que está para lá dele – e que é tão importante para mim no momento de fotografar como o que acontece no palco. Sinto-me um privilegiado por poder fotografar, acompanhar, assistir a este Corpo Em Dança. São momentos únicos, frações de segundo que me permitem fixar estas expressões corporais, cheias de histórias, que transporto sempre comigo. Cada uma delas me dá vontade de voltar, uma e outra vez, a este universo mágico, em que as palavras não fazem falta. Um universo em que o movimento é tudo, e em que a possibilidade de o cristalizar no tempo me faz querer voltar, uma e outra vez. De novo, de novo, a este corpo em dança.”
Paulo Pimenta
Fotografia PAULO PIMENTA
Tratamento Imagens MÁRIO SANTOS
Textos INÊS NADAIS
Edição Vídeo ANA MAIA
Paulo Pimenta é fotojornalista do jornal Público. Recebeu o 1º Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem em 2012 e tem recebido vários prémios de Fotojornalismo, tanto da Estação Imagem até 2017, e recentemente o Prémio Internacional de Fotografia Peironcely, em Madrid. É autor do livro “São pessoas” em coautoria com o fotojornalista Adriano Miranda. O seu trabalho tem figurado em diversas publicações institucionais. Tem um vasto trabalho de colaboração com companhias de dança e teatro, destacando-se a companhia de Pina Baush, e Companhia Olga Roriz, Teatro Crinabel em registo fotográfico, obra publicada e cenografia. Fez apresentações públicas do seu trabalho, no TedX Matosinhos, sendo também docente convidado pela FBAUP/FLUP. Integra inúmeros projetos multidisplinares de vertente social, de luta contra a pobreza, integração, comunidade e património com entidades como a Gulbenkian, Direção Geral das Artes, autarquias e ONGs. Recebe o Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem Mora 2010. 1º prémio (2012) e 2º prémio em Arte e Espetáculos (2013). Em 2017, na Estação Imagem Viana do Castelo venceu o prémio na mesma categoria. Foi selecionado, entre fotógrafos mundiais, para o livro “Aday.org”, em 2012. Destacam-se os trabalhos “Na casa de”, projeto desenvolvido numa das áreas urbanas mais pobres da cidade do Porto, na zona oriental de Campanhã; a Exposição “10 Espetáculos, 10 Mulheres”, projeto desenvolvido com reclusas do estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo; a série “20 Anos de fotografia” da companhia teatral As Boas Raparigas em mupis pelo Porto; a exposição “O meu Paredes de Coura”, 20 anos de Festival; “Do outro lado”, projeto desenvolvido com reclusos em vários estabelecimentos prisionais, no Espaço Mira; o projeto “Na casa de…” foi selecionado para a exposição coletiva “HumanKind” do New York Photo Festival. Foi speaker na TEDxMatosinhos com a exibição de “Respirar”. É frequentemente convidado para dar aulas ou fazer apresentações públicas em escolas de fotografia, estabelecimentos de ensino superior e instituições públicas para partilhar o seu trabalho e a sua experiência no fotojornalismo e fotografia de autor. Integrou vários projetos multidisciplinares como a Bienal de Arquitetura de Veneza 2014 #HomeLand “Primeira Pedra-Monte Xisto” e o coletivo “Projecto Troika”. Em 2018, apresentou a Exposição “Retrato das Ilhas” no Centro Português de Fotografia e uma Instalação “Ruído no Silêncio no Labirinto Sensorial” no Festival Hat Weekend em São João da Madeira. Já em 2019, a exposição “Retrato das ilhas”, na Ordem dos Arquitetos em Lisboa, a Exposição “A vida na corda bamba” projeto sobre os artistas do circo, no Teatro Carlos Alberto, a Colectiva, “Perfeita libação-Art Transforming”, no Museu do Vinho da Bairrada, a exposição “Dentro e fora do palco” do Grupo de teatro Crinabel, integrada na Estação Imagem Coimbra, no Centro Cultural Penedo da Saudade, o projeto instalação “Os resistentes chapeleiros do séc. XX”, no Museu da Chapelaria de São João da Madeira.