Catarina Vieira, Josefa Pereira, Henrique Furtado Vieira
e artistas participantes

A Matéria é um projeto de encontros, gratuitos e abertos à comunidade, com regularidade mensal, para a partilha de práticas de diferentes artes performativas, que têm o corpo como veículo primário de expressão e que se ocupam das questões do mundo a partir do corpo e das suas múltiplas dimensões. Uma vez por mês, dois artistas juntam-se, durante 4 horas, para dançar e pensar, com quem se quiser juntar.

A primeira edição da Matéria desenvolveu-se entre janeiro de 2O19 e junho de 2O2O, num total de 15 encontros, circulando por 9 espaços diferentes da cidade de Lisboa. A edição passada da Matéria foi documentada através do podcast 2 dedos de Matéria.

Nesta segunda edição, o projeto irá envolver 1O artistas diferentes, que irão partilhar com o público as suas metodologias e práticas artísticas, num total de 1O encontros, entre outubro de 2O23 e julho de 2O24.

Cocuradoria CATARINA VIEIRA, JOSEFA PEREIRA, HENRIQUE FURTADO VIEIRA E ARTISTAS PARTICIPANTES
Artistas Participantes FRANCISCO THIAGO CAVALCANTI E LUAN OKUN
Apoio Financeiro REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA/DGARTES – DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES
Apoio CENTRO CULTURAL DA MALAPOSTA / MINUTOS REDONDOS / CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS, BIBLIOTECA DE LISBOA/CML, QUINTA ALEGRE / CML, ESPAÇO DA PENHA / O RUMO DO FUMO 

FRANCISCO THIAGO CAVALCANTI nasceu em 1984. Artista brasileiro de teatro, de dança e de performance, queer, “neurodiverso”. Veio para Portugal em 2O21 fazer o PACAP5 do Fórum Dança, com curadoria de João Fiadeiro, onde acabou por fixar residência. Em Lisboa criou o coletivo interdisciplinar, informal e transfronteiriço UM CAVALO DISSE MAMÃE, em colaboração com outros artistas independentes. Com este coletivo tem criado peças e mantém uma pesquisa continuada sobre a cosmologia e a cosmopolítica animal. No Brasil, trabalhou sete anos na companhia da coreógrafa Lia Rodrigues, muitas das suas inquietações e inputs criativos surgiram a partir desse feliz encontro.  Atualmente é artista do projeto IN EX (ile) Lab, uma plataforma de acolhimento para artistas estrangeiros baseada no Chipre, França, Itália e Portugal, suportada pela Europa Criativa.

LUAN OKUN é trans não binário, nascido em Ituiutaba no interior de Minas Gerais. Começou os estudos artísticos em 2O1O e em 2O14 estudou teatro na Universidade Federal de Uberlândia, onde deu início às produções artísticas e performáticas. Utiliza a “corpovivência” e as encruzilhadas espirituais como principal ferramenta para o seu trabalho, compreendendo que o movimentar de um corpo dissidente de género, racializado e gordo vem do desejo e força individual de romper com estruturas condicionantes ao seu corpo pela normatividade e colonização. Atualmente vive em Lisboa e pesquisa métodos de sobrevivência a partir da falha, reconexão pélvica e do reconhecimento do cu como potencial político, poético e “mágicu”.  Em 2O2O contribuiu com a materialização da Casa T Lisboa, altura em que participou em alguns projetos, entre eles o seu projeto individual de performance “O jeito que o Corpo dá”; atuou na peça de teatro “Cosmos”, com direção de Isabél Zuaa, Nádia Iracema e Cléo Diária; participou da produção executiva dos videoclipes “Bruxonas”, “Hetero Curioso” e “Festinha 36O” da artista Puta da Silva, e no espetáculo “As três irmãs”, de Tita Maravilha. Atualmente encontra-se em pesquisa e criação para o projeto “CorpoLento”. 


©Fotografia THOMAS LENDEN