Lago dos Caretos – A Sagração da Prima Vera

Lago dos Caretos - A Sagração da Prima Vera
[Ciclo Trás-Os-Montes]

Inquieta

Inspirado no “Lago dos Cisnes” de Tchaikovsky e na “Sagração da Primavera” de Stravinsky.
Ideia original vencedora do prémio Douro Criativo 2018 na categoria de música e artes performativas. Espetáculo com música original, dança, teatro e caretos do norte de Portugal. Estreou em abril de 2019, no Teatro de Vila Real, integrado no Mercado Criativo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Numa aldeia transmontana, o verão veste-se com sons de festa. Há quem dance, quem toque, quem simplesmente tente um banho no lago mais perto.
No entanto, a alegria do verão não dura muito. Depressa chega o outono e os trabalhos no campo. A rotina e uma certa melancolia levam-nos até ao inverno, onde Vera, a personagem central, se sente intimidada e seguida pelos seus próprios medos, numa espécie de confronto entre os pensamentos e os demónios que nascem das deambulações interiores. Depois da morte que o inverno obriga, há um renascimento que acorda com a primavera. Ou, neste caso, com a prima Vera.
Numa ligação ao imaginário e tradição das festas de inverno no norte de Portugal, há todo um mundo mágico que cobre as personagens deste Lago dos Caretos. Partindo do universo mágico do “Lago dos Cisnes” e da “Sagração da Primavera”, a música nasce dessas sonoridades, mas rapidamente assume um caráter muito próprio, com incursões na música tradicional portuguesa e no chocalhar dos caretos.
Um espetáculo imperdível, porque uma vida sem caretos é muito mais careta.

Ideia original LUÍS FILIPE SANTOS
Criação COLETIVA
Música original FÁBIO VIDEIRA
Encenação ÁNGEL FRAGUA
Coreografia DANIELA LEITE CASTRO
Interpretação LUÍS SANTOS (CLARINETE), NUNO SILVA (SAXOFONE), DANIELA LEITE CASTRO (BAILARINA), ÁNGEL FRAGUA (ATOR)
Desenho de Luz ÁNGEL FRAGUA
Figurinos e Adereços FÁTIMA MARTINS
Fotografia de Cena e Vídeo ANDRÉ C. MACEDO
Design, Produção e Comunicação INQUIETA – AGÊNCIA CRIATIVA

Ángel Frágua, nasce em Madrid em 1972 e inicia estudos teatrais em 1989 no Curso de Formação de Atores de Alcalá de Henares, dirigido por Fernando Calatrava e Luis Blat. Entre 1995 e 1997 estuda na Escola de Teatro Ana Vazquez de Castro, metodologia Jacques Lecoq; e participa num Curso intensivo sobre a Voz e o Texto, orientado por Luis Blat. Em 1998 participa no Curso de Teatro Contemporâneo, dirigido por Luis Blat. Entre 1997 e 2000 recebe aulas de Técnica Feldenkrais, leccionadas por Luis Blat. Em 2008: Curso de Clown, leccionado por Antón Valen. Em 2013: Formação sobre o Jogo e o Texto Shakespereano com Luis Blat; e Curso de Esgrima Artística, orientado por Miguel Andrade Gomes. Em 2014: Workshop de Máscara Neutra com Hernan Gené. Trabalha nas companhias Mutación, Teatro del Finikito, A Trancas y Barrancas e Yllana em Madrid, Espanha. Com esta última participa no espectáculo “Glub Glub” que foi apresentado em diferentes países de Europa, América Central e América do Sul. Em Portugal, trabalha na Jangada Teatro entre 2001 e 2003 onde integra o elenco de três espectáculos e encena “Atirem-se ao Ar” de António Torrado e “A Última Noite do Desassossego” baseado num texto de Antonio Tabucchi. Em 2004, funda a Peripécia Teatro onde cria e participa nos seguintes espectáculos:
“Clean Clown”, criação coletiva;
“Ibéria, A louca História de uma Península”, direção de José Carlos Garcia;
“Vincent, Van e Gogh”, direção de José Carlos Garcia;
“Sou do Tamanho do que Vejo”, encenado por Luis Blat;
“Novecentos, o pianista do oceano”, direção de Noélia Domínguez e José Carlos Garcia;
“Remédios Santos”, dirigido por Hernan Gené;
“Mamá?!”, direção de Ángel Fragua;
“Antes Solo que Mal Acompanhado”, direção de Sérgio Agostinho;
“1325”, dirigido por José Carlos Garcia;
“A Cores”, dirigido por José Carlos Garcia;
“Caso Hamlet”, dirigido por José Carlos Garcia e Luis Blat;
“Fardo”, encenado por Hernán Gené;
“Até ao Canto do Galo”, um filme realizado por Ramón de los Santos;
“13”, direção de José Carlos Garcia.

Em 2017 cria um espectáculo a solo: “Stand Down”, a partir de dois contos de Félix Albo, com encenação de Mara Correia e produção da Inquieta – comunicação e produção cultural. Colabora desde 2009 com os Clarinetes Ad Libitum como orientador de cena e Luminotécnico. Leciona cursos de Jogo Teatral, Mimo e Pantomima, Clown, entre outros.

Daniela Leite Castro começou a estudar música aos 6 anos de idade, tendo concluído o Curso Complementar Supletivo de Violino e Flauta Transversal na Academia de Música de São João da Madeira, e também o Curso Complementar Supletivo de Canto no Conservatório de Música do Porto. Nesse caminho, encontrou o mundo da Composição Musical e o seu interesse levou-a a fazer uma Licenciatura na ESMAE-IPP nesta área. Ainda dentro desse curso, realizou um semestre de Erasmus no Conservatori del Liceu em Barcelona. A componente coral é de grande importância e influência na sua vida e no seu trabalho, tendo feito parte de vários grupos corais e ensemble vocais, entre eles o Coro de Câmara de São João da Madeira e o Absolute Vocem Ensemble. Ao mesmo tempo, desenvolveu interesse e paixão pela Dança, tendo tido várias aulas e participado em projectos e espectáculos que lhe trouxeram experiência nos estilos de dança jazz, urbanas, tradicionais, folk e danças antigas. No âmbito das danças folk e tradicionais, fez parte dos grupos Dansare e Meraki, e pertence, desde 2014, ao NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto. Nesse grupo participa em várias actuações e espectáculos temáticos. Ainda dentro desse grupo, faz parte das Cantadeiras do NEFUP. Desde há quatro anos que tem vindo a descobrir e a trabalhar sobre as danças antigas, nomeadamente o Renascimento e Barroco. Fez formação sobre as mesmas em cursos específicos na França, Espanha e Suécia, bem como participado em vários projectos ao nível performativo. Pertence ao Ensemble Portingaloise, grupo de estudos, performance e divulgação das danças antigas, liderado por Catarina Costa e Silva. Dá também formação nesta área desde 2017. No campo do Teatro, frequentou disciplinas de improvisação e workshops de técnica clown. Trabalha profissionalmente com a Música e o seu ensino, como também com o serviço educativo desta, destacando-se o trabalho com a Casa da Música, onde desenvolve e participa em espectáculos e dá workshops. Faz parte da Interferência – Associação de Intervenção na Prática Artística juntamente com uma grande equipa de compositores e músicos. Leccionou música no Ginasiano – Escola de Dança, experiência essa muito importante no seu trabalho. Desenvolve e participa em projectos ao nível da performance transversal à Música, Dança e Teatro, sendo que esta transversalidade é um motor do seu interesse e procura.

Alguns projectos e espectáculos significativos em que participou:
“Ballet de la Raillerie”, de J. Lully; espectáculo encenado por Catarina Costa e Silva com a parceria do Curso de Música Antiga da ESMAE, nas caves Krohn. Fevereiro 2014 (dança e teatro);
“A Paixão Segundo São João”, de J.S. Bach; espectáculo encenado por Pedro Ribeiro, no Centro Cultural de Vila Flor em Guimarães. Março 2016 (solo danças antigas);
Projecto escola: ópera “Hansel und Gretel”, inserida na disciplina Estúdio de Ópera no Conservatório de Música do Porto. Maio 2016 (soprano);
“Le Voyage Imaginaire”, espectáculo infantojuvenil pelo grupo Le Chá no Arrr, inserido no II Festival Portingaloise de Danças e Músicas Antigas no Armazém 22. Julho 2016 (criação; dança, música, teatro);
“Kinski”, espectáculo pelo Ensemble Portingaloise e encenado por Catarina Costa e Silva, inserido no II Festival Portingaloise de Danças e Músicas Antigas no THSC e no Armazém 22. Maio e julho 2016 (dança);
“Maresia”, espectáculo do NEFUP, encenado por Armando Dourado, em vários palcos do norte do país – 16 espectáculos. Janeiro de 2016 a junho de 2017 (dança, música, representação);
“Alice no País das Músicas”, espectáculo inserido no Serviço Educativo da Casa da Música, com direcção artística de Jorge Queijo. Janeiro e outubro 2017 (dança, representação, música);
Participação na série da RTP “Madre Paula” com o ensemble Portingaloise. Março 2017 (danças antigas);
“Piano Caos”, espectáculo inserido no Serviço Educativo da Casa da Música, com direcção artística de José Alberto Gomes. Junho e setembro 2017 (cameraman e dança);
“Humanário”, espectáculo encenado por Rui Horta, inserido no Festival Guidance. 3 de fevereiro 2018 (música, teatro e dança);
“Verdegar – Tradições do Douro Verde”, espectáculo do NEFUP, encenado por Armando Dourado, em três palcos diferentes da zona duriense. Maio 2018 – a decorrer (dança, música, representação);
“Chá das Cinco – peça para quatro amigas mais uma que nunca mais chega”, espectáculo de teatro de rua e circo de criação colectiva pela Coração nas Mãos. Estreia no Festival Trengo e espectáculo no Festival SET – Festival de Teatro da Esmae. Julho 2018 (criação e representação);
“InCorpora”, solo performativo com o violino. Estreia no Festival SET – Festival de Teatro da Esmae, 8 de julho 2018.

Luís Filipe Santos, natural de Vila Real, fez o curso de clarinete no Conservatório Regional de Gaia, com 19 valores, na classe dos Professores SaúlSilva e Nuno Pinto. É licenciado em Clarinete pela ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo), na classe do prof. Nuno Pinto. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Obteve um 1º Prémio no I concurso de Execução Musical do Conservatório de Gaia, foi finalista do concurso Jovens Clarinetistas e semifinalista do I Concurso Internacional de Clarinete da cidade do Porto. Frequentou masterclasses orientadas pelos seguintes professores: António Saiote, Guy Deplus, Michel Arrignon, Perez Piquer, Phillippe Cuper, Alain Damiens. Colaborou com a Orquestra Gulbenkian, Filarmonia das Beiras, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra do Norte, Sinfonietta da ESMAE, Orquestra Nacional de Sopros dos Templários, Orquestra Invicta de Clarinetes, onde trabalhou com os maestros: António Saiote, Pedro Carneiro, Claude Kesmaecker, Florin Totan, Max Rabinovitch, Cesário Costa, entre outros. Colabora com a companhia Peripécia Teatro nas peças “Novecentos –O Pianista do Oceano” e “Mama?!” e tem-se apresentado em diversos festivais em Portugal, Espanha e Brasil. É coautor do espectáculo “Antes Solo que Mal Acompanhado”, em parceria com a companhia Peripécia Teatro. É membro fundador do grupo Clarinetes Ad Libitum com o qual gravou “Contradanza”, o primeiro CD do grupo. Com o mesmo grupo participou no Beijing Clarinet Festival em Pequim, China; no ClarinetFest em Kansas City, nos EUA; no Festival Internacional de Clarinete em Gand, na Bélgica; na Expo2008 em Saragoça; entre outros, com o espectáculo “Ri Bemol”. Fundou o grupo Mistério da Cultura, um projecto artístico multidisciplinar com o qual estreou as obras “Bendita – a bruxa má”, conto infantil de João Negreiros e música de Fernando Lapa; e ainda “Fuga de Bacho nº 4” com música original de Fábio Videira. Faz parte da equipa criativa do projecto “Mátria – Uma ópera para o Douro”. Foi professor assistente da classe de clarinete do prof. Nuno Pinto na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. É docente no Conservatório Regional de Música de Vila Real, onde lecciona as disciplinas de Clarinete e Classe de Conjunto. É artista “D ́ADDARIO” e “BUFFET CRAMPON”.

Fábio Videira completou o seu mestrado em composição no Royal Conservatoire Antwerp com Wim Henderickx e Luc van Hove, depois de se licenciar na Escola Superior de Música e Artes Espectáculo com os compositores Eugénio Amorim, Dimitris Andrikopoulos e Pedro Santos. Frequentou diversas masterclasses/workshops com compositores aclamados mundialmente – P. Dusapin, K. Saariaho, Emmanuel Nunes, Pauline Oliveros e B. Olivero.
Participou em projectos internacionais como o Sound Art in City Spaces (Vilnius) com Staffan Mossenmark e o SoundMine – 2016/17 (Neerpelt). A sua música tem sido tocada com alguma regularidade em Portugal, Bélgica e Espanha, com alguns dos projectos já mencionados, com as mais diversas formações e propósitos: Antwerp Symphony Orchestra com “Sacred Lines”, Antwerpen Camerata com “Five Pieces for Orchestra”,  “Banda à Varanda” e “Clementina” para orquestra de sopros, “Fuga de Bacho nº 4” e “Lago dos Caretos” espectáculos com componentes extra-musicais como o teatro ou a dança. Para além da composição, esteve sempre muito envolvido na atividade coral (Coral de Chaves, Coro de Câmara Mezza-Voce, Capella Duriensis) e foi professor do Conservatório Regional de Música de Vila Real e do Seminário Diocesano de Vila Real.

Nuno Silva (1992), licenciou-se em saxofone na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE-Porto), tendo frequentado a classe dos professores Henk van Twillert e Fernando Ramos. Durante o seu percurso musical, já arrecadou diversos prémios, incluindo o 1º lugar na competição italiana, “Concurso Internazionale per Giovanni Interpretes de Città de Chieri” em música de câmara, com Ventos do Norte, 1º lugar na categoria juvenil (2007) e 3º lugar na categoria superior (2012\2013) no Concurso Internacional Terras de La Sallete de Oliveira de Azeméis, finalmente o 2º lugar na categoria superior do PJM 2015 (Young Músicos – Antena 2). Como músico, é um dos fundadores do SYmbio Reed Quintet e a Orquestra Sinfónica da Casa da Música, a Orquestra Clássica de Espinho e a Banda Sinfónica Portuguesa são apenas algumas das orquestras com as quais já colaborou. Foi professor de saxofone até 2017 no Conservatório Regional de Música de Vila Real e na Escola Profissional de Música de Espinho. Atualmente é mestrando em Ensino da Música na Universidade de Aveiro e em paralelo frequenta o mestrado em performance na Escola de Hoges de Kunsten -Tilburg (Holanda) com o prof. Mellema e Juani Palop.

CRUZAMENTOS
DANÇA.TEATRO.MÚSICA

2020 | OUT 17

SÁB – 21H30 

AUDITÓRIO

10€ | DESCONTOS APLICÁVEIS

60 MINUTOS

M/O6

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