CHOSES SANS OMBRE
de Sofia Dias & Vítor Roriz, a partir de uma obra de Francisco Tropa
Choses Sans Ombre é uma performance criada a partir da escultura de Francisco Tropa, “Le Perchoir du Goëland”. A convite do CND – Centre National de la Danse, espaço dedicado exclusivamente ao arquivo, estudo e divulgação da Dança em Paris (Pantin), o Serviço de Artes Performativas de Serralves irá apresentar um projeto artístico, comissariado pela sua coordenadora, Cristina Grande, do artista Francisco Tropa, integrado no projeto “L’invitation aux Musées”, a que se juntaram seis museus internacionais. Francisco Tropa é um escultor cuja prática se associa frequentemente às artes performativas, privilegiando a experiência de ocupação do espaço expositivo através da apresentação de dispositivos que executam ações, ou são ativados durante a exposição ou que, mesmo inertes, denunciam exemplarmente os gestos que lhe deram origem. Constituídos por objetos e matérias vitais, fazem referência à história de arte e à origem do fazer artístico, questionando o seu destino e a sua natureza. A este conjunto junta-se ainda uma peça inédita, participada pela dupla de coreógrafos e performers Sofia Dias e Vitor Roriz, convidados pelo artista a constituírem uma nova partitura coreográfica, intitulada “Choses Sans Ombre”, em coabitação com a escultura objeto “Le perchoir du Goëland”, em resultado de uma colaboração artística que reflete as relações entre o visual e o performativo. A performance decorreu nos dias 24 e 25 de novembro de 2018, no CND Centre National de la Danse – (Paris, FR)
Performance SOFIA DIAS & VÍTOR RORIZ
Escultura FRANCISCO TROPA
Sofia Dias & Vítor Roriz são uma dupla de coreógrafos a colaborar desde 2006 na pesquisa e conceção de vários trabalhos apresentados em mais de 17 países. Os seus trabalhos centram-se na articulação entre a voz, a palavra, o som e os objetos com o corpo, o gesto e o movimento. Em 2011 foi-lhes concedido o Prix Jardin d’Europe e o primeiro lugar no Aerowaves Spring Forward 2013 pelo espetáculo “Um gesto que não passa de uma ameaça”, um trabalho que questiona a hierarquia entre a palavra e o movimento. Desde o início da sua colaboração que tiveram o apoio de diversas estruturas, como a Bomba Suicida entre 2006-2009, foram Artistas Associados d’O Espaço do Tempo entre 2009-2016 e da Materiais Diversos entre 2012-2016. Têm contado com o apoio de algumas redes Europeias, tais como Looping, TRANSFER, Open Latitudes, Modul Dance, ONDA e Départs. Enquanto dupla têm colaborado com diversos artistas tais como, Catarina Dias, artista visual e colaboradora de longa data, Lara Torres, Marco Martins, Clara Andermatt, Mark Tompkins e desde 2014 que apresentam “António e Cleópatra” de Tiago Rodrigues e “Sopro” (2017) do mesmo diretor. Lecionam regularmente aulas e workshops e têm vindo a organizar residências e encontros de reflexão entre artistas em diferentes contextos. Fizeram a curadoria da segunda edição do PACAP – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas, Fórum Dança (2018/2019). Em 2019 foram convidados a fazer uma nova criação para a Companhia Maior, “O lugar do canto está vazio” e no início de 2020 estiveram no Teatro do Bairro Alto com o projeto “Infiltração”. Encontram-se em processo criativo de “Escala” com estreia marcada para o dia 4 de fevereiro no GuiDance 2021, onde serão os artistas em destaque. S&V são membros associados da REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea.
Francisco Tropa iniciou a sua formação artística no Ar.Co, tendo depois frequentado o Royal College of Art, em Londres (1992), completando o seu percurso formativo como bolseiro da Fundação Alfred Topfel na Kunstakademie, Münster, Alemanha (1995-1996). Começou a expor na década de 80 mas é na década seguinte que a sua obra adquire uma projeção nacional e internacional. O seu trabalho utiliza uma grande amplitude de tipologias como a escultura, o desenho, a instalação, fotografia, filme, e a performance. As referências culturais e artísticas modernistas e/ou das vanguardas servem, frequentemente, de ponto de partida no seu trabalho para uma reelaboração crítica da história da arte e das suas relações com outras áreas do conhecimento, através de uma linguagem concetual. O conceito de espaço é determinante no seu discurso artístico, através da construção de objetos e ambientes que remetem para um inquérito científico, arqueológico ou antropológico sobre o processo criativo, a origem da cultura e da arte. As suas instalações propõem uma experiência introspetiva uma vez que o visitante é confrontado com a questão existencial da transitoriedade, ideia transversal a vários projetos do artista. Tem exposto regularmente em Portugal e no estrangeiro. Em 1997 foi-lhe atribuído o Amstelveen Art Prize, Amsterdão e o Prémio de Desenho da Bienal das Caldas da Rainha em 1998. Das suas exposições destacam-se as realizadas no Museu de Serralves (1998, 2006 e 2010), no Centro de Arte Moderna da FCG (2003) e na Culturgest (2006). Participou nas exposições internacionais da Bienal de São Paulo, de 1999, e da Bienal de Veneza em 2003, tendo sido em 2011 o representante do pavilhão de Portugal.
PERFORMANCE
2021 | DEZ 1O e 11
SEX E SÁB – 21HOO
PALCO DO AUDITÓRIO
13€ [DESCONTOS APLICÁVEIS] | 36€ [ASSINATURA CICLO TERRITÓRIO DANÇA]
36 MIN
M/O6
A assinatura “Ciclo Território Dança” inclui bilhetes para os espetáculos:
– Autópsia
– Margem
– Um Solo para a sociedade
– Choses sans ombre
A reserva e compra desta assinatura deve ser feita diretamente com a Malaposta através dos seguintes contactos: ccmalaposta@gmail.com ou 212478240.
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