No Tempo Em Que Os Instrumentos Falavam_2020

NO TEMPO EM QUE OS INSTRUMENTOS FALAVAM

de Joana Amorim, Joana Bagulho e F. Pedro Oliveira

É sempre a mesma coisa! Charles nunca chega a horas! Mas nunca! Será esta a famosa pontualidade britânica? Esperamos um pouco, só mais um pouco…. A sala começa a ficar irrequieta e as duas artistas em palco hesitam se hão de começar o espetáculo sem ele. Que tristeza fazer o espetáculo sem as histórias de Charles Burney! Ele sabe tantas coisas e é muito divertido. O espetáculo assim não vai ter a mesma graça. Bom, mas vão tentar e fazer o seu melhor. Preparar as músicas nas estantes, silêncio, concentração… O espetáculo começa. Mas eis que Charles Burney irrompe pela sala, sempre ofegante e vindo de onde menos se espera! Ah, assim é melhor. O espetáculo, agora, pode mesmo começar!

Espetáculo para todos, mas dirigido especialmente a crianças do primeiro e segundo ciclos do ensino básico, no qual se pretende introduzir a Música Barroca no seu contexto histórico, através de uma viagem no tempo de três personagens (um historiador de música – Charles Burney -, um flautista e uma cravista). Histórias sobre a música e os músicos dos séculos XVII e XVIII, numa perspetiva lúdica e despretensiosa, em que a música, dita erudita, é apresentada de uma forma divertida e acessível. O público ouve música, conversa, joga, dança, conta histórias…

PROGRAMA: Allegretto da Sonata de Hamburgo, de Carl Philipp Emanuel Bach | Ária das Variações Goldberg, de Johann Sebastian Bach | Minueto da Fantasia nº 5 em Dó Maior, de Georg Philipp Telemann | Rondó da Sonata de Hamburgo, de Carl Philipp Emanuel Bach | Sonata em ré menor, de Carlos Seixas | Primavera d’As Quatro Estações do Ano (excerto) e 1º andamento de Il Cardellino (excerto), de Antonio Vivaldi | La Follia (excertos), de Arcanjo Corelli | Marcha para a Cerimónia dos Turcos (excerto), de Jean Baptiste Lully | Sarabande, de François Couperin | Tambourin da Sonata III La Phérouville, de Michel Blavet | Minueto das Pièces de Clavecin, de François Couperin | Giga da Sonata III La Phérouville, de Michel Blavet

Criação e Interpretação JOANA AMORIM (Traverso), JOANA BAGULHO (Cravo) e F. PEDRO OLIVEIRA (ator)
Figurinos KUSTURICAS (Ana Direito e Isabel Peres)
Fotografia ENRIK COELHO

Joana Amorim iniciou os seus estudos na Juventude Musical Portuguesa, aos três anos de idade, seguidos no Conservatório Nacional de Lisboa, onde obteve o diploma de flauta de bisel em 1992. Nesse mesmo ano ingressou no Conservatório Real de Haia (Holanda) na classe de flauta de bisel de Ricardo Kanji, tendo ainda tido aulas de música renascentista e medieval com Jannette van Wingerden e Charles Toet. Nesta mesma instituição iniciou os seus estudos de traverso com Wilbert Hazelzet em 1993. Em seguida estudou com Linde Brunnmayer, na Escola Superior de Música de Trossingen (Alemanha), no diploma de solista. Obteve a sua licenciatura em traverso no Conservatório Real de Haia com Barthold Kuijken em 2000, sendo bolseira da Secretaria de Estado da Cultura. Concluiu Mestrado em Música Antiga na Universidade de Aveiro, tendo como orientadores Evgueni Zoudilkine, Helena Marinho e Marc Hantaï, oferecendo uma nova reconstrução para a parte perdida da Sonata BWV 1032. Participou como flautista em diversos projetos de orquestra e de música de câmara, tendo trabalhado com os maestros Harry Christophers, Howard Hazel, Barthold Kuijken, Jed Wenz, Roy Goodman, Maarten Root, Christian Curnyn, Philippe Pierlot, António Vassalo Lourenço, Vasco Negreiros, Enrico Onofri, Masaaki Suzuki, entre outros. Tocou como solista com a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Barroca da Comunidade Europeia e com a Orquestra do Conservatório Real de Haia. Toca regularmente com ensembles de música antiga em todo o país, incluindo o Divino Sospiro e o Ludovice Ensemble, de que é fundadora. Com a cravista Joana Bagulho e com o ator Pedro Oliveira vem apresentando por todo o país um espetáculo que apresenta ao público infantil a música do séc. XVIII, intitulado «No tempo em que os instrumentos falavam». Lecciona traverso barroco e flauta de bisel no Conservatório Nacional de Lisboa desde 2000.

Joana Bagulho nasceu em Lisboa em 1968. Estudou piano na Academia de Amadores de Música de Lisboa e no Conservatório Nacional na classe dos professores Miguel Henriques e Tânia Achot. Iniciou os estudos de cravo em 1994 na classe da Professora Cremilde Rosado Fernandes tendo completado a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa. Concluiu em 2006 o mestrado em Performance na Universidade de Aveiro tendo como professor de cravo Jacques Ogg e paralelamente trabalhou com Elisabeth Joyé, em Paris. Participou em espetáculos de teatro, dança e em recitais de música de câmara tanto na área da Música Antiga como na música contemporânea. É professora assistente da escola Superior de Música de Lisboa desde 1999.

Pedro Oliveira, ator. Nasceu em Lisboa. Iniciou-se no Teatro em 1985 no Grupo ContraRegra. Mais tarde ingressa no Curso de Formação de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema, que conclui em Julho de 1989. Formador certificado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua nas áreas de Técnica Vocal e Teatro. Participou já em inúmeros espetáculos donde se destaca: “Dos Horácios e Curiácios à Noite”, com encenação de Antonino Solmer no Grupo ContraRegra; “A Terceira Margem do Rio” e “Bichos”, ambos com encenação de João Brites, no Grupo de Teatro O Bando; “Vida de Artista ou a Verdadeira História de Barbi”, com encenação de Alexandre Sousa, produção do Grupo Cassefaz; “Auto-Retrato” e “A Festa”, ambos com coreografia de Madalena Vitorino. Trabalhou ainda com Carlos Avilez, Carlota Gonçalves e Carlos Gomes, Fernando Gomes, Guilherme Filipe, Isabel Piscarreta, Jean-Pierre Tailhade, José Abreu, José Carretas, José Martins, José Peixoto, Luís Miguel Cintra e Miguel Abreu. Desde 1996, tem criado e participado em espetáculos, ateliers e animações dedicados às crianças, nomeadamente nos projetos Música para Pais e Filhos, O Livro Mágico, entre outros. Foi também professor de Expressão Teatral em diversas escolas do ensino básico. Entre 2002 e 2004 colaborou com Belgais Centro Para o Estudo das Artes onde interpretou com “Jérôme Granjon (Piano) A história de Babar”, mais tarde editado no CD Sons de Belgais.

CRUZAMENTOS
[TEATRO.MÚSICA]

2020 | OUT 24 e 25

SÁB – 16H30
DOM – 11H00

AUDITÓRIO

8€ [ADULTO] 6€ [CRIANÇA]  | DESCONTOS APLICÁVEIS

60 MINUTOS 

M/O6

PARTILHAR