DA VOZ HUMANA
Escola de Mulheres
O ciclo de leituras “Da Voz Humana” celebra, em 2O21, o seu nono ano de existência e ocupa já o seu próprio lugar na agenda de um público que procura uma abordagem alternativa às leituras encenadas convencionais. “Da Voz Humana” é um espaço de encontros improváveis e sinergéticos que o caracterizam e lhe conferem importância. Com um conceito bastante informal, experimental, com conversas no decurso e no final de cada uma das sessões, entre autores, intérpretes e público, este ciclo tem revelado textos, na sua maioria inéditos, de autores contemporâneos, oriundos da literatura, da poesia e do teatro. Com a coordenação artística de Marta Lapa e a colaboração dos autores e dos artistas intérpretes, procura olhar, dizer, cantar, ouvir as palavras e contar histórias de quem as escreveu.
Coordenação Artística MARTA LAPA
Autoria TIAGO MATEUS
Voz DAVID PEREIRA BASTOS, MARTA LAPA, RUY MALHEIRO
Música PEDRO MOURA
Design Gráfico VALÉRIO ROMÃO
Direção de Produção e Comunicação RUY MALHEIRO
Estrutura Financiada por REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA / DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES
Marta Lapa nasceu em 1967. Frequentou a Escola de Dança e a Escola Superior de Dança do Conservatório Nacional, tendo sido aluna de Vasco Wellenkamp, Nuno Carinhas, Ruth Silk, António Pinto Ribeiro, Gil Mendo, entre outros. Simultaneamente, participou em workshops de Clara Andermatt, João Fiadeiro, Paulo Ribeiro, Ramon Oller, Anne Waxman, Vera Mantero, Frans Poelstra e Meg Stuart. Desde 1991 que tem assinado a coreografia de inúmeros espetáculos de Dança e Teatro. É cofundadora da Escola de Mulheres – Oficina de Teatro. Foi intérprete em muitos espetáculos de Dança e Teatro, tendo trabalhado com nomes como Fernanda Lapa, Isabel Medina, Rosamaria Grimaldi, Marina Albuquerque, Amadeu Neves, Miguel Cuña, Madalena Wallenstein, Francisco Camacho, entre muitos outros. Assinou a encenação de vários espetáculos como “Imagina que descalcei o sapato…”, a partir de Teresa Rita Lopes; “Diz-me como a chuva”, a partir de Tennessee Williams; “Com o Bebé Somos Sete”, de Paula Vogel; “O Outro”, a partir d’ “O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson, coencenação Ana Luena; “S. Examina a Almofada”, a partir do texto de John Patrick Shanley, cocriação Candela Varas; “Do Indizível”, cocriado com Carlos Bica e Carla Galvão; “Cabaret Macabro”, de Valério Romão e a sua mais recente encenação “A Loucura é o mais credível Oráculo”, de Cláudia R. Sampaio.
Tiago Mateus começou o seu percurso no teatro em 1999. Em 2002 ingressou na ESTC. Participa em vários espetáculos do Artecanes, Farpasteatro, Teatro da Garagem, Teatro da Malaposta, Pim Teatro, Novo Grupo – Teatro Aberto, Primeiros Sintomas, Casa Conveniente, Comuna, tendo trabalhado com diretores como Ávila Costa, Cristina Carvalhal, José Peixoto, Ricardo Aibéo, Mónica Calle, David Pereira Bastos, Luca Aprea, Carla Bolito, entre outros. Estreou-se como encenador em 2004, com o espetáculo “A Pomba de Guernica”.
David Pereira Bastos é ator profissional desde 2000, formado pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Inicia-se em teatro no CITAC (grupo de teatro universitário de Coimbra) em 1998. Trabalhou sob a direção de encenadores como Jorge Andrade, Mónica Calle, João Garcia Miguel, Ignacio García, Ricardo Neves-Neves, Gonçalo Amorim, Ana Luena, Jorge Silva Melo, Ricardo Aibéo, José Peixoto, João Brites, Claudio Hochman, Jorge Fraga e representou espetáculos de mímica, máscara ou teatro físico sob a direção de Filipe Crawford, Nuno Pino Custódio e Miguel Seabra.
Pedro Moura é músico, compositor e multi-instrumentista. Estudou no Conservatório de música do Porto, na Escola de Jazz do Porto e na Escola Superior de Música do Porto: piano, guitarra e tecnologias da música. Desde 1986 que se dedica como instrumentista, compositor e produtor, a projetos onde se cruzam as múltiplas áreas da música na busca de zonas de confluência com outras linguagens artísticas. Como compositor, de peças para palco: “AAC” (2017), Escola de Mulheres; “Musaico” (2017), Trupe dos Bichos, CCB / Fábrica das Artes; “Poetas da Cidade e outro Vagabundos” (2015), de Margarida Barata; “Cruzada das Crianças” (2014), Gato que Ladra; “Espelhos” (2012), CCB / Fábrica das Artes para o Festival Europeu de Música BIG BANG; “Da Boca para as Mãos” (2011), CCB / Fábrica das Artes; “(és)Passos da caixa” (2009), de Yola Pinto, Culturgest; “Viagem em direção à necrópole” (2004), Fundação para a Ciência e Desenvolvimento. Como compositor, nos projetos Calçad@s (2011), Sonicoil (2008) Portugal, Alemanha, Hungria e Espanha, Organismo (2007), Concerto para desenho (2006) Portugal e Alemanha. Como intérprete: “Auto da purificação” (2012), João Brites, Teatro O Bando; “Tour Longe” (2010); “Sons com cores” (2003), Fundação para a Ciência e Desenvolvimento, entre outros.
A Escola de Mulheres – Oficina de Teatro, cujo nome foi beber inspiração à peça de Molière “L’école des femmes”, foi criada em 1995 em Lisboa por um conjunto de mulheres de gerações diferentes e experiências diversas e reconhecidas, mas com o sentimento comum do papel de subalternidade a que a mulher tem sido reduzida no Teatro português, quer na condução dos processos criativos, na política de repertórios ou no relacionamento com os poderes instituídos, bem como, de um modo geral, nas tarefas que envolvam poder de decisão. Pretende-se privilegiar a criação e o trabalho feminino no Teatro e promover e divulgar uma nova dramaturgia de temática e escrita femininas, quer nacional, quer estrangeira, na medida em que o repertório habitualmente representado nos nossos palcos não reflete, em nosso entender, o papel que nas últimas décadas a Mulher tem vindo a desempenhar, assim como as novas contradições que daí advêm, vinculando quase sempre pontos de vista masculinos sobre as mulheres e reproduzindo universos tipicamente masculinos. A 8 de Março de 1995 a Escola de Mulheres apresentou publicamente o seu manifesto por ocasião de um espetáculo a partir de textos de autoras portuguesas e que decorreu na Sociedade Portuguesa de Autores. A Direção Artística da Escola de Mulheres está a cargo de Fernanda Lapa e Marta Lapa. Em todos os projetos a equipa é complementada com muitos outros profissionais de diferentes áreas artísticas e técnicas – interpretação, encenação, cenografia, figurinos desenho de luz, produção, equipas de montagem…
©Fotografia JOSÉ MANUEL MARQUES
PALAVRA
2O21 | AGO 12
QUI – 21HOO
CAFÉ-TEATRO
1O€ | DESCONTOS APLICÁVEIS
45 MINUTOS
M/16
PARTILHAR