ABRE A BOCA E FECHA OS OLHOS!
Sara Marita
“tenho para mim que a palavra infinito foi inventada em janeiro. Os dias não passam e, em simultâneo, o tempo sobrevoa os dias que insistem em entorpecer a lucidez a alta velocidade. É um bom mês para inventar e imaginar inícios que nos apaziguam da inércia do infinito. Quase que chegamos a acreditar que o infinito é algo bom, como se pudesse chegar a ser alguma coisa.” [Celeste]
ABRE A BOCA E FECHA OS OLHOS! é um compasso de espera em realidades indefinidas, sensações imoderadas, memórias difusas ou projeções oníricas lúcidas. Parte da história ficcional de Juno, uma jovem adulta que é confrontada com uma mudança repentina e inusitada na sua vida – um caminho sem saída que a leva a olhar para o passado – que a faz questionar as suas atuais certezas absolutas e pôr em causa uma memória há muito petrificada.
Às vezes olhamos para o mundo como se fosse um filme, ou um sonho, ou um baile de máscaras, ou um jogo, ou qualquer outra realidade que nos faça sentir que cabemos melhor nela do que naquela em que nos encontramos. A profundidade de uma relação interpessoal nasce na transcendência da condição própria e alimenta-se da metamorfose.
Este espetáculo concretiza-se numa pesquisa sobre a criação musical e teatral, sem hierarquias, onde se pensa a música cénica, desde a sua conceção até à construção e materialização em palco e em ações.
Criação, Direção, Encenação e Dramaturgia SARA MARITA
Interpretação e Cocriação CELSO PEDRO E SOFIA PÁDUA
Assistência de Dramaturgia JOÃO CADETE
Produção BEATRIZ SOUSA E TEATRO DO VAZIO
Apoio à Produção MARTA CRUZ
Captação de Imagem CAROLINA GASPAR
Música e Design de Som SARA MARITA
Captação e Operação de Som SARA MARITA
Desenho e Operação de Luz BEE BARROS
Cenografia e Figurinos NEUSA TROVOADA
Consultoria Artística AOANÍ SALVATERRA, INÊS MADEIRA LOPES, MIGUEL SOBRAL CURADO E NUNO MOUTINHO
Acolhimento BIBLIOTECA DE MARVILA E CENTRO CULTURAL DA MALAPOSTA / MINUTOS REDONDOS / CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS
Apoio POLO CULTURAL GAIVOTAS BOAVISTA / CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA E ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA
SARA MARITA é compositora, criadora e performer. Licenciada em Composição na ESML é, atualmente, mestranda em Teatro – Artes Performativas na ESTC. Tem apostado numa formação multidisciplinar e frequentou workshops como o Curso de Escrita para Intérpretes e Criadores, com Sara Carinhas, na Academia Gerador; De que nos serve a ilusão?, com Beatriz Batarda, no Teatro Oficina; e The Lucid Body, com Thiago Félix, na ACT – Escola de Actores. Enquanto compositora, tem tido obras tocadas a nível nacional e internacional em diversos concertos e festivais, salientando o U!REKA Lab: urban commons – Frankfurt; a Bienal Monaco Electroacoustique 2O19; e BoCA 2O19 (Biennial of Contemporary Arts). Recebeu encomendas de entidades como RTP/Antena 2, Orquestra Sem Fronteiras, Arte no Tempo, entre outros. O seu trabalho foca-se sobretudo no cruzamento disciplinar, enquanto compositora, performer e criadora, dando destaque a “DEVANEIO”, uma cocriação com Aoaní Salvaterra e Sofia Pádua e um projeto sociopolítico de criação site-specific e investigação, em permanente atualização, consoante as circunstâncias do espaço, das pessoas e do mundo.
BEATRIZ SOUSA formou-se em Interpretação no Curso Profissional do Balleteatro e licenciou-se em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Concluiu, em 2O22, o Mestrado de Teatro – especialização de Produção, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalha como produtora na Companhia de Teatro Cepa Torta e foi assistente de produção no departamento de Participação da Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest (2O21/22), produtora executiva no projeto Laboratório de Correspondência de Jéssica Lopes e assistente de produção e produtora executiva na Companhia de Teatro Marionet, sediada em Coimbra (2O19).
CELSO PEDRO é ator, professor e cantor. Tem o mestrado em Teatro – Artes Performativas, pela ESTC de Lisboa e é licenciado em Teatro, pela ESEC. Trabalhou como ator com vários encenadores: António Mercado, Gustavo Trestini, Clovis Levi, António Fonseca, Ricardo Correia, Pedro Lamas, Gil Nave, João Brites, Isabel Craveiro, Mário Montenegro, Ana Padrão e Bruno Rodrigues. Também como ator, colaborou com o Leirena Teatro (Leiria), O Teatrão, Convento de S. Francisco, Casa da Esquina, Marionet (Coimbra), Teatro das Beiras (Covilhã) e colabora, desde a sua fundação, com o grupo Trincheira Teatro (Coimbra). É diretor artístico da companhia Teatro do Vazio (Lisboa) e assinou a cenografia de dois espetáculos: “Orpheu
lado B” (2O15) e “Inside” (2O18). Paralelamente à sua atividade de ator e professor, canta fado de Lisboa e música tradicional portuguesa.
SOFIA PESSOA PÁDUA nasceu em 1996 e é performer-criadora. Trabalha como atriz (em teatro e cinema), encenadora e diretora de atores (das próprias criações), música (voz e sintetizador), produtora executiva e professora de expressão dramática e de formação musical. Tem um grande amor à dança e ao cinema. Mestre em Teatro pela ESTC, licenciada em Ciências Musicais pela FCSH e com um minor em teatro pela Université Paris VIII; fez estágios em performance em estudos de género e em novas alternativas de direção de atores e participou em inúmeros workshops de teatro em Lisboa e em Paris, como The Lucid Body, por Thiago Felix; A Máscara, por Nuno Pino Custódio; Corpos Clandestinos, por Victor Hugo Pontes; As Canções Que Cantamos Contra Os Muros Que Limpamos, por Catarina Vieira; entre outros. Estudou Jazz na Escola Luís Villas-Boas do Hot Clube de Portugal, dançou ballet clássico, hip-hop, modern jazz e contemporâneo, e fez circo na Académie Fratellini. Procura usar o corpo, incluindo a voz, como ferramenta de exploração, improvisação e meio de comunicação. Apropria-se de palavras e, através do som, do movimento e dos símbolos, cria um discurso político e social, marcado pela crítica e pela agitação. Apresenta-se hoje como artista queer multidisciplinar.
CAROLINA GASPAR tem 24 anos e é licenciada em Cinema pela Universidade da Beira Interior. Foca o seu percurso na exploração do documentário com uma vertente social e política. Trabalhou nas Caldas da Rainha, onde realizou o evento Casa Aberta durante o Caldas Late Night. Viveu em Lisboa, especializando-se em Pós-produção e Motion Design, adquirindo capacidades técnicas que permitem desenvolver os seus próprios projetos. Trabalhou como assistente de realização e assistente de produção em vários projetos e foi voluntária do Lisbon Docs, DocLisboa. Atualmente está sediada em Santo Tirso, onde procura novas formas de documentar, experimentando novas formas de arte.
BEE BARROS é artista desde que se entende por gente e designer de formação pela UFPE – Universidade Federal de Pernambuco (Recife, Brasil), e fez um intercâmbio de um ano pela Parsons – The New School for Design (Nova Iorque, E.U.A.). Dominando os processos desde a conceção até a realização, a sua experiência profissional é multidisciplinar. Com projetos de artes visuais, mistura de vídeo, design, fabricação digital, esculturas, iluminação, e objetos de cena, colaborou na montagem de espetáculos na Broadway como “Hamilton” e “Pequena Sereia”, e em filmes como “Tartarugas Ninja” (2O16). Posteriormente juntou-se ao Fab Lab Recife como responsável de design. Após mudar-se para Portugal em 2O19, voltou a aproximar-se das artes performativas e, em outubro de 2O22, juntou-se à equipa da Rua das Gaivotas 6 para um estágio em Coordenação Técnica. Atualmente desenvolve e opera iluminação e projeções de vídeo em diversos espetáculos e festas independentes.
NEUSA TROVOADA é cenógrafa e artista visual. Desenvolve projetos no cruzamento entre as artes visuais e a performance. Nasceu em Benguela, Angola, e vive em Lisboa, Portugal. É licenciada em Design de Comunicação pela Escola Superior de Artes e Design (ESAD), em Matosinhos e mestranda em Teatro, especialização em Design de Cena, pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Foi mentora e cofundadora da plataforma AKA – Art.Known.As, produção artística de criadores negros e do leve-leve colectivo, um projeto colaborativo sobre as expressões artísticas da diáspora africana em Portugal. Colabora com o Teatro GRIOT desde 2O18 como cenógrafa, figurinista e designer de comunicação. É autora da instalação “Totem”, no âmbito da celebração dos 1O anos do Teatro GRIOT, apresentada no Centro de Experimentação Artística e coautora da instalação “Lo-fi (Lost fictions)”, apresentada na Estufa Fria de Lisboa. Colaborou com Zia Soares nas performances “Erosão” e “Kuinzy”, na criação de figurinos e espaço cénico e na direção de arte do espetáculo “FANUN RUIN”, apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian. É autora da cenografia da exposição “Desenha-me LYON/ AMADORA” do 33º Festival Internacional de Banda Desenhada – Amadora BD 2O22. É cofundadora do projeto SO WING. O seu trabalho tem sido apresentado em Angola, São Tomé e Príncipe, Portugal, Itália, França e Reino Unido. Colabora com diversos projetos sociais junto das comunidades negras na área metropolitana de Lisboa.
©Fotografia CAROLINA GASPAR
CRUZAMENTOS
[TEATRO MÚSICA]
2O23 | JUL O8 e O9
SÁB – 2OH3O
DOM – 16H3O
SALA EXPERIMENTAL
1O€ | DESCONTOS APLICÁVEIS
6O MINUTOS
M/12
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